Governo e setor privado anunciam R$ 1,6 trilhão para cidade sustentável e mobilidade
Do total de recursos, 75% são oriundos da iniciativa privada; medida é lançada com empresas no Palácio do Planalto
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (30), a destinação de R$ 1,6 trilhão para projetos ligados à Missão 3, com eixos de mobilidade e cidades sustentáveis, da NIB (Nova Indústria Brasil), até 2029. Lançado no início deste ano, o programa visa impulsionar o desenvolvimento do país em áreas como sustentabilidade e inovação. Do total desses recursos, 75% são oriundos da iniciativa privada.
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De acordo com o governo, diversas entidades privadas anunciaram recursos para o programa. “A maior parte dos recursos será destinada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, entre outros”, diz o texto.
No caso da iniciativa privada, a distribuição dos recursos será da seguinte forma:
- R$ 833 bilhões da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base;
- R$ 222,5 bilhões da Câmara Brasileira da Indústria da Construção;
- R$ 1,8 bilhão da WEG;
- R$ 1,6 bilhão da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção.
As áreas beneficiadas são moradia, infraestrutura e saneamento.
Já no caso do governo federal, os recursos serão:
- R$ 492,4 bilhões da Caixa, do BNB e do BNDES;
- R$ 113,7 bilhões das linhas de crédito e subvenções (R$ 48,6 bi já destinados e outros R$ 65,1 bi disponíveis)
A missão 3 tem entre as prioridades, por exemplo, o desenvolvimento da cadeia produtiva de baterias. A meta, estabelecida pelo CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) é ter ao menos 3% dos veículos eletrificados brasileiros circulando com baterias nacionais até 2026, e 33% até 2033.
Barco Voador
Na cerimônia, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, vai assinar oito contratos de subvenção e dois de crédito para desenvolvimento de novas tecnologias, no valor de R$ 157 milhões. Desses, quase R$ 10 milhões vão para o projeto de “barco voador” - o veículo é capaz de voar sobre a lâmina dos rios.
A tecnologia é desenvolvida por uma startup da Amazônia.
“Segundo a empresa, o barco voador poderá transportar até 10 passageiros, inclusive em períodos de seca, alcançando 150 km/h. Os demais projetos envolvem soluções para aviação sustentável (por exemplo, um turbogerador híbrido movido a etanol), centros de pesquisa e tecnológicos, remanufatura de resíduos e desenvolvimento de caminhão elétrico autônomo para uso industrial, entre outros”, finaliza o governo.