Governo do DF suspende festas e eventos para conter Ômicron
Decreto será publicado nesta quarta-feira e tem validade imediata para eventos com cobrança
Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília
O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou nesta quarta-feira (12) que voltará a proibir festas pagas. O decreto será publicado ainda nesta quarta e terá validade imediata. Segundo o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, inicialmente apenas eventos com cobrança de ingressos ou valor cobrado com conversão em consumação serão suspensos.
Ao lado do governador em exercício, Paco Britto, e do secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, o secretário da Casa Civil reforçou que, inicialmente, apenas os eventos e festas com cobrança de entrada estão proibidos. O decreto, que ainda não foi publicado, não inclui partidas de futebol ou eventos particulares, como colações de grau.
Paco Britto destacou que a medida visa diminuir a taxa de transmissibilidade da variante Ômicron da Covid-19. As autoridades destacaram que cerca de 90% das internações por casos mais graves de Covid-19 nos hospitais são de pessoas não vacinadas ou que não completaram o esquema vacinal.
Apesar do anúncio da medida, o governador em exercício afirmou que a decisão tem o objetivo de evitar um novo lockdown. “Não é a intenção do Governo do Distrito Federal e é uma determinação expressa do governador, de fazermos lockdown como estão falando nas redes sociais. As medidas que serão tomadas hoje são justamente para isso, nós não termos lockdown”, afirmou Paco Britto.
A taxa de transmissão da Covid-19 no Distrito Federal chegou a 2,06 na terça-feira (11). O valor aponta que o número de infectados pode dobrar a cada dia no DF. O indicador havia chegado a 2,01 na segunda (10), quando a capital registrou 2.775 novos casos. O número chegou a 4.220 na terça. Os dados são do boletim da Secretaria de Saúde.
O DF acumula 531.911 casos desde o início da pandemia, com 11.122 mortos por Covid-19. Diariamente, a taxa de transmissão da Covid-19 na região bate o índice de 16 de outubro de 2020, o maior desde que a secretaria passou a informar a estatística diariamente. A taxa de transmissão mais alta já registrada na capital aconteceu em 2020, e foi de 2,61.