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R7 Brasília

Governo dos EUA doa R$ 750 mil para ajudar famílias da Bahia

Recursos devem ser utilizados na compra de produtos de limpeza, higiene e cozinha para as pessoas que ficaram desabrigadas

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Estragos provocados por fortes enchentes na Bahia
Estragos provocados por fortes enchentes na Bahia

A Agência para o Desenvolvimento Internacional, órgão vinculado ao governo dos Estados Unidos, anunciou, nesta sexta-feira (7), uma assistência humaniária de R$ 750 mil para socorrer os moradores da Bahia que ficaram desabrigados em razão das fortes chuvas e enchentes que atingiram o estado no fim do ano passado.

Segundo a agência, os recursos doados serão administrados por parceiros dos EUA no Brasil, como a Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) e a Cáritas Brasileira.

"A Adra vai distribuir itens de assistência, incluindo kits de limpeza e higiene, como vassouras, baldes, panos de limpeza, água sanitária, esfregões e detergente, a mais de 800 famílias em Itambé, Itabuna, Ilhéus, Eunápolis, Itapetinga e outras municipalidades. A Cáritas Brasileira entregará às famílias desabrigadas itens como roupa de cama, utensílios de cozinha e kits de higiene", informou a Agência para o Desenvolvimento Internacional.

O órgão do governo estadunidense disse que especialistas em desastres da região da Bahia e da capital dos EUA, Washington, estão monitorando a situação em coordenação com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil para determinar outras formas de assistência.


"As equipes da Embaixada e dos Consulados dos EUA no Brasil ficaram comovidas com a situação crítica enfrentada por tantas famílias na Bahia. Os EUA se sentem comprometidos e honrados em poder ajudar com algumas das necessidades imediatas destas famílias", afirmou o encarregado de Negócios Douglas Koneff. 

“A situação na Bahia é preocupante, e a Usaid [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional] está contente em poder ajudar estas famílias a superar este momento crítico e reconstruir suas vidas”, acrescentou o diretor da Agência para o Desenvolvimento Internacional no Brasil, Ted Gehr.


Assistência de outros países

Desde os primeiros registros de estragos provocados pelas chuvas, o Brasil recebeu oferta de ajuda humanitária de dois países, segundo o Ministério das Relações Exteriores: Japão e Argentina.

De acordo com a pasta, a Embaixada do Japão e a Agência de Cooperação Internacional do Japão ofereceram apoio à resposta emergencial brasileira com a possibilidade de doação de barracas de acampamento, colchonetes dobráveis, cobertores, galões portáteis, lonas plásticas e purificadores de água.


A oferta, por incluir materiais de rápida disponibilização e emprego, foi aceita pelo governo brasileiro. Os detalhes para operacionalizar a ajuda, segundo o Executivo, estão sendo discutidos com o governo japonês.

Já a Embaixada da Argentina ofereceu o envio de dez agentes dos Capacetes Brancos para trabalhos de apoio diversos, entre os quais seleção de doações, montagem de barracas e assistência psicossocial à população afetada pelas enchentes. O governo brasileiro recusou essa assistência, mas respondeu com "manifestação de apreço e agradecimento", segundo o Itamaraty.

"Com base em avaliação técnica da situação no terreno, informou que tais ações já vêm sendo atendidas pelos esforços do governo federal. Como expressado à Embaixada argentina e em contatos que vêm sendo mantidos entre os ministros das Relações Exteriores de ambos os países, Carlos França e Santiago Cafiero, a oferta argentina poderá vir a ser aceita, caso a situação demande necessidades suplementares de assistência com as características da oferta em pauta", explicou a pasta.

O R7 questionou o Ministério das Relações Exteriores sobre a assistência anunciada pelos EUA, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Mais de 850 mil atingidos

De acordo com a Sudec (Superintendência de Proteção e Defesa Civil) da Bahia, as enchentes que afetaram o estado já atingiram 850.325 pessoas. Segundo a pasta, são pelo menos 26.534 desabrigados e 61.551 desalojados — isto é, pessoas que não precisam de ajuda direta do governo para ser abrigadas. O governo baiano já confirmou 26 mortos e 520 feridos. No momento, duas pessoas permanecem desaparecidas.

As cidades que registraram mortes são: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2), Ubaitaba (1) e Belo Campo (1).

Segundo a Sudec, 175 municípios foram afetados com os estragos das chuvas. Desse total, 164 estão com decreto de situação de emergência.

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