O governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, divulgou uma nota em que condena os ataques contra instalações e funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas) na Faixa de Gaza. Ainda não se sabe de quem é a autoria da explosão. Um agente da instituição morreu durante o incidente. “O governo brasileiro condena veementemente o ataque ocorrido anteontem contra funcionários e instalações da Organização das Nações Unidas em Gaza, que resultou na morte e em ferimentos graves de funcionários do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos”, afirma a nota do Itamaraty. “Ao expressar profunda consternação por mais este episódio de grave violação do direito internacional humanitário, o governo brasileiro reitera que todas as partes devem respeitar a inviolabilidade das instalações das Nações Unidas e garantir a proteção de seu pessoal, conforme determinam as Convenções de Genebra e seus Protocolos Adicionais. Exorta, ainda, Israel a assegurar a proteção e a liberdade de movimento do pessoal humanitário no Estado da Palestina”, completa. Caso sejam confirmados, o Brasil argumenta que os crimes contra agentes da ONU “são crimes de guerra”. O comunicado cita, então, o apelo por uma investigação completa e transparente, “de modo que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados”. Por fim, se solidarizou com as famílias das vítimas. De acordo com a ONU, um funcionário do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos, Unops, morreu na última quarta-feira (19). Outros cinco integrantes da organização ficaram seriamente feridos. O secretário-geral da instituição, António Guterres, quer investigação do crime e destacou que os conflitos devem ser conduzidos de forma que os civis sejam protegidos e respeitados. A explosão contra duas instalações da ONU ocorreu em Deir al Balah, em Gaza. Segundo dados da organização, o número de trabalhadores mortos na região, desde 7 de outubro de 2023, subiu para 280. Guterres reiterou a necessidade de respeito ao cessar-fogo e defendeu a libertação de reféns de forma imediata. Não há, ainda, autoria do ataque. Recentemente, o pimeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou um relatório das Nações Unidas que denuncia atos de violência na Faixa de Gaza. A investigação fala de atos de violência sexual cometidos por soldados e ataques a centros de saúde e bloqueio de entrada de medicamentos para mães e bebês. O líder israelense classificou o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas como antissemita, irrelevante e apoiador do terrorismo.