Governo federal vai disponibilizar a prefeituras R$ 800 por pessoa desabrigada por ciclone no RS
Valor será repassado aos municípios atingidos por enchentes, que vão definir ações para auxiliar os moradores afetados
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta sexta-feira (8) que o governo federal vai pagar aos municípios R$ 800 por pessoa desabrigada no Rio Grande do Sul por causa do ciclone extratropical que atingiu o estado nesta semana. O valor será repassado às prefeituras dos locais prejudicados pelas enchentes, que vão definir ações para auxiliar os moradores afetados pelo fenômeno climático.
"O critério é por pessoa atingida de cada município, mas o dinheiro vai ser transferido para o município, para ajudar os municípios a atenderem as famílias desabrigadas, poderem atender melhor a população", disse Alckmin.
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O governo não deu uma estimativa de qual será o custo desse auxílio para os cofres públicos, já que o número de desabrigados ainda não é exato. Segundo o Executivo federal, caberá às prefeituras relatar a quantidade de pessoas sem abrigo.
"Da nossa parte, do nosso ministério, nós vamos atender o que for necessário. Nós dependemos, para ter um valor exato, do requerimento apresentando a relação das pessoas desabrigadas por parte de cada município. Cada município apresenta a relação do número de desabrigados que nós estamos autorizados a atender", explicou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Outra medida anunciada por Alckmin foi o envio de 20 mil cestas de alimentos às cidades afetadas pela tragédia. Segundo ele, os municípios vão receber 5.000 cestas no domingo (10), e as demais serão entregues nos dias seguintes.
Também no domingo, Alckmin vai fazer uma visita a algumas das cidades atingidas pela tragédia. Uma comitiva de ministros vai acompanhar o presidente em exercício. Eles devem passar por municípios como Lajeado, Roca Sales e Arroio do Meio.
Na manhã desta sexta, Alckmin debateu a situação do Rio Grande do Sul com ministros do governo, entre eles José Múcio (Defesa), Nísia Trindade (Saúde), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência da República).
Em viagem à Índia para participar do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo está de "prontidão". Veja postagem dele feita em uma rede social:
O fenômeno que afetou o Rio Grande do Sul deixou ao menos 41 mortos; 46 pessoas estão desparecidas. Além disso, os desabrigados somam pelo menos 2.944, e os desalojados, 7.607.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu nesta quinta-feira (7) estado de calamidade pública de 79 cidades do Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, a medida visa agilizar o atendimento da Defesa Civil Nacional e dos órgãos competentes à população do estado afetada pela passagem do ciclone.
Com o estado de calamidade, os municípios poderão solicitar recursos para o atendimento de primeira hora à população afetada. Eles também poderão apresentar planos de trabalho para a reconstrução das áreas atingidas. Os recursos servem para socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada, como estradas.