Governo inaugura terminal de gás natural em Barcarena, no Pará
Unidade termelétrica atraiu R$ 1 bilhão em investimentos, gerando 8 mil empregos diretos e indiretos, informou ministério
Brasília|Do R7, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta quarta-feira (28) da inauguração de terminal de CNL (gás natural liquefeito) em Barcarena, no Pará. Foram investidos R$ 280 milhões em instalações capazes de regaseificar 15 milhões de metros cúbicos por dia. A instalação consiste em um terminal em terra e uma unidade em alto-mar. A ação faz parte do programa Energias da Amazônia.
Para Silveira, o papel do gás natural é essencial para a segurança energética da região Norte do país e vai substituir outras fontes fósseis com menor pegada de carbono. "O terminal irá ajudar a levar energia mais limpa e sustentável para a Bacia do Rio Amazonas. Essa iniciativa aqui em Barcarena torna o Pará um dos líderes da descarbonização do país. É o reflexo de um setor que estamos estruturando, garantindo eficiência e segurança jurídica para atrair novos investimentos."
A UTE (Unidade Termelétrica) Novo Tempo atraiu R$ 1 bilhão em investimentos, gerando 8 mil empregos diretos e indiretos. Apenas com a substituição do combustível usado na geração de energia, 30% menos CO2 será emitido na atmosfera. A UTE será conectada ao SIN (Sistema Interligado Nacional) colaborando com a robustez de um dos maiores e mais confiáveis sistemas do planeta.
Silveira destacou que o governo realiza trabalho de descarbonização. "Este terminal de GNL está estrategicamente localizado na verdadeira foz do rio Amazonas. Aqui, hoje, demonstramos a nossa responsabilidade ambiental, descarbonizando e substituindo o óleo pesado e o carvão. Agora, temos uma importante fonte de abastecimento de gás natural nesta região, operada de maneira ambientalmente adequada. É mais um passo para a descarbonização da nossa Amazônia", argumentou.
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A partir do ano que vem, o combustível será usado como alternativa ao carvão mineral em uma termelétrica, reduzindo consideravelmente a pegada de carbono tanto da geração de energia quanto dos processos industriais. O terminal faz parte do projeto Complexo Termelétrico Barcarena, com investimentos de R$ 2,5 bilhões e financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES, dos quais R$ 1,4 bilhão já foram desembolsados. A previsão de inauguração da usina é em julho de 2025.
"Queremos a nova indústria verde. Queremos iniciativas que substituam o óleo pesado por gás natural, reduzindo a emissão de co2. Queremos que as caldeiras antigas sejam substituídas por caldeiras elétricas. E que essa energia venha das hidráulicas, da eólica, da solar. Queremos as inovações que estão sendo estudadas para substituir o carvão por sementes de açaí. Essa é a nova indústria verde. O Brasil é, sem dúvida, o protagonista mundial da transição energética justa e inclusiva", finalizou Silveira.