Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília
Publicidade

Governo ironiza cassação de Dallagnol em publicação nas redes sociais

Post destaca ações do Executivo com alusão à apresentação feita por Dallagnol quando era procurador para acusar Lula

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Governo Lula ironiza cassação de Deltan Dallagnol com PowerPoint
Governo Lula ironiza cassação de Deltan Dallagnol com PowerPoint

O governo federal utilizou o Twitter nesta quarta-feira (17) para ironizar a cassação do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). O perfil @govbr usou uma imagem de PowerPoint para destacar ações do Executivo até o momento, numa referência à apresentação de slides feita anos atrás por Dallagnol quando ele era procurador da Operação Lava Jato. Na época, o então procurador acusava Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de chefiar uma suposta organização criminosa.

Apresentação de Deltan Dallagnol
Apresentação de Deltan Dallagnol

"O governo segue trabalhando para melhorar a vida da população, com programas como Brasil Sorridente, Mais Médicos, Bolsa Família, entre outras conquistas. Temos convicção de que ainda temos muito trabalho pela frente, é só o começo da união e reconstrução de um Brasil melhor", diz a legenda da publicação, seguida de uma foto com os feitos durante os 137 dias de mandato de Lula.

O post foi compartilhado por outras contas do governo na rede social, como Presidência da República do Brasil (@presidencia_BR) e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (@secomvc). Lula, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre a cassação de Dallagnol.

Cassação de Deltan Dallagnol

Na última terça-feira (16), o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, por unanimidade, o registro da candidatura do ex-procurador da Operação Lava Jato. Os ministros entenderam que Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para fugir de um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que poderia impedi-lo de concorrer às eleições de 2022. Assim, os magistrados consideraram que o ex-procurador "frustrou a aplicação da lei".

Publicidade

Dallagnol terá de sair do cargo, mas pode recorrer da decisão. No caso, pode entrar com embargos no TSE (tipo de recurso para questionar alguma obscuridade) e com um recurso extraordinário ou um pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar a execução da decisão. Os votos ficam com o partido. Luiz Carlos Hauly, o segundo mais votado da sigla nas eleições de 2022, deve ficar com a vaga.

Horas depois de ter tido o mandato cassado, Dallagnol afirmou que o sentimento é de indignação com o que chamou de "vingança": "344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite [terça-feira (16)] com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro", disse em nota o deputado cassado.

Publicidade

Demais casos

Não é a primeira vez que o governo Lula utiliza contas em redes sociais para ironizar a situação de adversários. Em março, o perfil do Governo do Brasil no Twitter satirizou o caso que envolvia a falsificação do cartão de vacina contra a Covid-19 por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): "Fique ligado! Muitos países ainda exigem o protocolo de vacinação para que brasileiros possam visitar. Portanto, informe-se antes de viajar. Além disso, é fundamental para a saúde pública que todos e todas estejam vacinados".

Também em março, o perfil da Secretaria de Comunicação Social (Secom) fez uma postagem no Twitter para alfinetar Bolsonaro no caso das joias sauditas. "Fez uma viagem internacional e trouxe umas coisinhas? Siga as regras e não tenha problemas com a @ReceitaFederal", dizia a publicação.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.