Governo libera tecnologia para rastrear ‘DNA do metanol’ em estados e no DF
Ministério da Justiça anunciou ações emergenciais nesta sexta; 59 casos de intoxicação suspeitas são investigadas
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O governo federal anunciou nesta sexta-feira (3) que vai disponibilizar a estrutura da PF (Polícia Federal) para identificar o chamado “DNA do metanol” e descobrir se a substância que já causou uma morte por intoxicação tem origem vegetal ou de combustíveis fósseis.
Ao todo, o Brasil já contabiliza 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol, sendo 12 confirmadas, incluindo um caso em Brasília, além de sete mortes em investigações (duas em Pernambuco e outras cinco em São Paulo).
Em nota, a pasta explicou que pelo Programa Nacional de Integração de Dados Periciais sobre Drogas, lançado em fevereiro deste ano, o Ministério colocou “a estrutura da Polícia Federal (PF) à disposição das Polícias Científicas estaduais, incluindo sua capacidade técnica de identificar o chamado ‘DNA do metanol’”.
“O Instituto Nacional de Criminalística da PF será responsável pelos chamados exames avançados de isótopos estáveis — método que permite rastrear a origem do metanol nas amostras contaminadas. Esse tipo de análise, considerado de alta complexidade, é crucial para detectar se o material é derivado de fontes naturais ou adulterado com compostos industriais”, explica.
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As ações são adotadas em parceria entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Polícia Federal.
“Entre as principais medidas, também está o fortalecimento da rede nacional de cooperação entre as Polícias Científicas, com foco na produção e compartilhamento de dados de inteligência pericial para orientar ações integradas em todo o país. A Polícia Federal atuará, ainda, como eixo logístico, realizando o transporte de amostras de bebidas suspeitas até laboratórios de referência e disponibilizando suas 49 unidades de criminalística como pontos de coleta e entrada para o sistema nacional de resposta pericial”, pontua.
O ministério também disse que vai fornecer “suporte técnico aos estados para a realização de exames periciais de detecção e quantificação de metanol, distribuirá padrões analíticos da substância às Polícias Científicas estaduais e capacitará peritos locais em análises químicas de alcoolemia, incluindo a identificação de metabólitos de metanol em amostras biológicas”.
“O plano também inclui orientações especializadas para a verificação de embalagens, rótulos e lacres de bebidas suspeitas, além da aplicação de técnicas de Epidemiologia Forense para georreferenciamento e análise de óbitos ou casos de intoxicação”, diz.
O texto explica que o objetivo é “identificar padrões, estabelecer vínculos de causalidade e aprimorar a resposta investigativa em casos que ameaçam a saúde pública”.
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