Grupo criminoso é investigado por sonegar R$ 8,4 milhões no DF
Envolvidos abriam empresas fantasmas para emitir notas falsas; um deles já é investigado em 40 ocorrências policiais
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um grupo criminoso que sonegou aproximadamente R$ 8,4 milhões no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) cobrado pela Receita da capital do país. Os envolvidos abriam empresas fantasmas no ramo de comércio varejista de produtos de limpeza para emitir notas falsas, conhecidas como notas frias.
Ao todo, a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão com apoio Receita do DF. A investigação apontou que os verdadeiros donos das empresas recrutavam laranjas para emprestar seus nomes e participar do quadro de sócios. As medidas foram cumpridas em Vicente Pires, Riacho Fundo, Taguatinga e no Plano Piloto.
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Estão sendo investigados os donos reais das empresas, além de contadores e dos laranjas que cederam seus dados. De acordo com as apurações, um dos principais alvos já tem pelo menos 40 ocorrências policiais contra ele por roubo, porte ilegal de arma de fogo, ameaças, estelionatos e crimes de violência contra a mulher.
“Os suspeitos agora estão sendo investigados pela prática de crimes de associação criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A depender de sua participação no esquema, podem ser condenados às penas que variam entre 7 a 21 anos”, detalha o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, Marco Aurélio Sepúlveda.
Segundo ele, as investigações continuam para impedir novas fraudes e levantar o valor total da dívida fiscal dos envolvidos. “Os suspeitos responderão pelos crimes em liberdade, mas poderão ter a prisão preventiva decretada a qualquer momento”, afirma.