Gusttavo Lima teria ocultado R$ 22 milhões da venda de um jato
Justiça de Pernambuco pediu prisão do cantor nesta segunda-feira em investigação que apura suposta lavagem de dinheiro
Brasília|Do R7
O cantor sertanejo Gusttavo Lima teria ocultado R$ 22 milhões da venda de um jato, segundo a investigação que levou ao pedido de prisão do artista nesta segunda-feira (23). A defesa do cantor diz que decisão é “injusta” e que ele é inocente.
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Na decisão da juíza Andréa Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, ela diz que a autoridade policial apurou que foram feitos oito repasses para a Balada Eventos e Produções LTDA, empresa que tem Gusttavo Lima como proprietário, pela J. M. J. Participações LTDA, de propriedade do investigado José André da Rocha, dono da Vai de Bet. O valor total foi de R$ 22.232.235,53 e seria pela aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS.
Além disso, o cantor também é acusado de ter ocultado R$ 9,7 milhões provenientes dos jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos.
A decisão também aponta o uso de uma aeronave de Gusttavo Lima para fazer o transporte dos investigados José André e Aislla para fora do país. “Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima [Gusttavo Lima] com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, diz a juíza.
A investigação apura suposta lavagem de dinheiro em esquema de jogos ilegais. O cantor sertanejo teve o pedido de prisão decretado nesta segunda por supostamente ter ajudado na fuga de investigados e por indícios que sugerem participação de empresas dele no esquema.
“Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, diz parte da decisão.
Em nota, a defesa de Gusttavo Lima disse que “a inocência do artista será devidamente demonstrada” e que o “cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana”.