Haddad acredita que governo vai conseguir aprovação da reforma tributária até segundo semestre
Durante seminário do BNDES, ministro da Fazenda disse também que pretende avançar com proposta de desoneração da folha
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (21) que o texto da reforma tributária deve ser votado na Câmara entre junho e julho e, no Senado, no segundo semestre. A afirmação foi feita durante um seminário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para o ministro, com a constituição do grupo de trabalho criado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o texto vai avançar na Câmara em parceria com o Senado, que, segundo Haddad, vai aguardar a conclusão do grupo de trabalho para dar andamento às deliberações.
"Penso que temos total condição de votar na Câmara entre junho e julho e, no Senado, no segundo semestre. A partir daí, a equipe do Bernard Appy [economista mentor da proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso] já está trabalhando a reformulação dos demais impostos, imposto de renda, imposto sobre folha [de pagamento]", prevê.
Haddad disse que essas reformas devem vir como projetos de lei, uma vez que a Constituição já contempla os dispositivos necessários para um reforma. "Podemos fazer por projeto de lei, avançar na desoneração da folha e na correção dos desequilíbrios no que diz respeito sobretudo a imposto sobre a renda, corrigir as distorções do sistema tributário brasileiro e chegar ao fim do primeiro semestre com as medidas anunciadas e, ao fim do ano, com as medidas aprovadas", disse o ministro.
Arcabouço fiscal
Haddad falou também sobre o novo arcabouço fiscal. O ministro afirmou que passou os últimos três dias preparando a interlocução com o Congresso. "Depois de apresentar o arcabouço fiscal para o presidentre Lula na sexta-feira [17], junto com os ministros da Casa e a área econômica, passei sábado, domingo e segunda trabalhando na interlocução recomendada pelo presidente para preparar o terreno político para a recepção do novo arcabouço fiscal", afirmou.