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Haddad: ‘Companheiro Trump parece que gostou do companheiro Lula’

Nesta terça, Trump mencionou possível alinhamento e futura reunião com Lula, elogiando a ‘química’ entre eles

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que Donald Trump parece gostar de Lula após se encontrarem na ONU.
  • Trump mencionou possível alinhamento e futura reunião com Lula, elogiando a "química" entre eles.
  • Haddad criticou sanções e tarifas americanas ao Brasil, afirmando que foram decisões equivocadas economicamente.
  • O Brasil está preparado para enfrentar desafios globais e busca retomar diálogos com o EUA e outros países.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Brasília (DF), 26/08/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Haddad disse esperar que Trump fale sobre coisas que realmente importam ao Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil - 26.8.2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “parece que gostou” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois se encontraram em Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça, em Nova York.

“Agora, o companheiro Trump parece que gostou do companheiro Lula, teve uma química, e vai começar a conversar, e falar de coisas que realmente importam, que é integração econômica, investimentos mútuos, parcerias”, disse o ministro em discurso no Congresso de Direito Tributário do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa).


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Trump revelou o alinhamento para uma reunião entre os dois durante discurso na Assembleia Geral da ONU, surpreendendo Lula e seus aliados.

“Ele me parece um homem muito bom. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com quem eu gosto”, disse Trump. “Tivemos uma química excelente. Isso é um bom sinal”, emendou o americano.


O Itamaraty trabalha para que uma reunião entre os presidentes ocorra por videochamada ou telefonema nas próximas semanas.

A oportunidade de diálogo entre ambos ocorre em meio à crise diplomática detonada pelas sanções e tarifas aplicadas pelos EUA ao Brasil em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado.


“Decisão que não para em pé”

Haddad disse que os Estados Unidos começam a reconhecer que a decisão de sobretaxar o Brasil foi equivocada. O ministro afirmou que, em maio, disse ao secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que era a primeira vez que via uma região deficitária na relação com os EUA (a América do Sul) ser tributada, em meio às primeiras tarifas anunciadas pelo governo americano, de 10%.

“Dois meses depois, alguém deu a brilhante ideia de ele [Donald Trump] tarifar em mais 40% os produtos brasileiros, e agora eles [os americanos] estão colhendo os frutos dessa decisão, pagando caro o café, pagando caro a carne, pagando caro os produtos brasileiros”, afirmou.


“Começaram a excepcionalizar a decisão que tomaram, porque foi uma decisão não só politicamente errada, mas também economicamente errada. Foi uma decisão que não para em pé”, criticou.

Haddad ainda disse que a reforma tributária veio “em boa hora”, antes do tarifaço de Trump. “Como que por premonição de que alguma coisa muito ruim podia acontecer, e aconteceu”, disse.

Segundo ele, o Brasil está em condições de enfrentar os novos desafios globais e sentar à mesa com qualquer grande player internacional, e citou “excelentes relações” com a Ásia, a proximidade de um “grande acordo” com a União Europeia e o Mercosul e a retomada do diálogo com os países da África.

“Nós estávamos em discussão para alinhar investimentos estratégicos no campo da transformação ecológica entre o Brasil e os Estados Unidos, isso infelizmente tem que ser resgatado porque foi interrompido, mas quero crer que as iniciativas brasileiras vão aproximar os dois países”, finalizou Haddad.

Perguntas e Respostas

O que Fernando Haddad disse sobre a relação entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva?

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que Donald Trump “parece que gostou” de Lula durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York. Ele mencionou que houve uma “química” entre os dois e que eles devem conversar sobre temas importantes como integração econômica e parcerias.

Qual foi a reação de Trump em relação a Lula?

Trump expressou que gostou de Lula e destacou que teve uma “química excelente” com ele, o que considera um bom sinal para futuros negócios.

O que o Itamaraty está planejando em relação a uma reunião entre os presidentes?

O Itamaraty está trabalhando para organizar uma reunião entre Trump e Lula, que pode ocorrer por videochamada ou telefonema nas próximas semanas.

Qual é o contexto da crise diplomática mencionada por Haddad?

A crise diplomática foi provocada pelas sanções e tarifas que os EUA impuseram ao Brasil, relacionadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Haddad comentou que os EUA estão começando a reconhecer que a decisão de sobretaxar o Brasil foi equivocada.

O que Haddad disse sobre as tarifas aplicadas pelos EUA?

Haddad criticou as tarifas, afirmando que elas resultaram em custos mais altos para produtos brasileiros, como café e carne, e que a decisão foi tanto politicamente quanto economicamente errada.

Como Haddad avaliou a reforma tributária em relação às tarifas de Trump?

Haddad considerou que a reforma tributária chegou em “boa hora”, como uma premonição de que algo ruim poderia acontecer, referindo-se às tarifas de Trump.

Qual a posição do Brasil em relação aos desafios globais, segundo Haddad?

Haddad afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar novos desafios globais e se sentar à mesa com grandes players internacionais, destacando boas relações com a Ásia, um grande acordo com a União Europeia e o Mercosul, além da retomada do diálogo com países da África.

O que Haddad mencionou sobre investimentos estratégicos entre Brasil e Estados Unidos?

Haddad mencionou que havia discussões para alinhar investimentos estratégicos na transformação ecológica entre Brasil e Estados Unidos, que foram interrompidas, mas ele acredita que as iniciativas brasileiras podem aproximar os dois países novamente.

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