Haddad defende combate ao contrabando de combustíveis para ‘pegar o andar de cima’
Ministro pediu atenção do Governo do RJ quanto à questão e reforçou apoio à PEC da Segurança
Brasília|Thays Martins e Bruna Lima, do R7, em Brasília
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Após megaoperação no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a atuação da pasta no combate ao contrabando de combustíveis como “maneira mais eficaz” de minar o crime organizado. “Para você pegar o andar de cima do crime organizado, que é quem efetivamente tem o dinheiro na mão e alicia as milícias, você tem que combater de onde está vindo o dinheiro”, destacou Haddad.
Em agosto, a Polícia Federal deflagrou uma megaoperação contra mais de 350 pessoas e empresas suspeitas de ajudar o PCC com fraudes em combustíveis. A investigação aponta uma movimentação de R$ 23 bilhões por membros da facção.
“Nós, da Fazenda, estamos atuando forte no Rio de Janeiro contra o crime organizado, na minha opinião, da maneira mais eficaz, que é a questão dos combustíveis”, disse Haddad. O ministro também pediu mais apoio do governo estadual do RJ que, segundo ele,“tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustível, que é como você irriga o crime organizado”.
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O ministro também aproveitou e defendeu a aprovação da PEC da Segurança, apresentada pelo governo federal. “Ela impõe a todos — governadores, presidente da República, Receita, Polícia Federal, ministério público estadual e federal — uma integração, porque assim vamos conseguir combater o crime organizado."
Megaoperação no Alemão e Penha
A megaoperação no Rio de Janeiro tinha como alvo lideranças do Comando Vermelho (CV) e o combate ao tráfico de drogas nos complexos da Penha e do Alemão. Ao todo, 81 pessoas foram presas. Após a operação, o governador Cláudio Castro disse não ter pedido apoio do governo federal, pois já tinha tido solicitações negadas antes.
“Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO [Garantia da Lei e da Ordem]. E o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia, uma razão para não estar colaborando”, criticou.
Tarifaço
Na conversa com jornalistas, Haddad também disse que vai conversar com o presidente Lula nesta quarta, após a posse de Guilherme Boulos, sobre a possibilidade de ir a Washington negociar o tarifaço. Lula voltou ontem da viagem à Malásia, onde se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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