Haddad tenta recuperar parte da MP da arrecadação ao negociar com Alcolumbre
Na última semana, o governo sofreu derrota com o texto, que não teve apoio suficiente para ser aprovado
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Após o encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (15) que negociou a recuperação de parte da MP (Medida Provisória) da arrecadação com o parlamentar. A medida sofreu derrota após não ter apoio suficiente para aprovação.
“Tem uma grande parte da MP que era incontroversa. Todo mundo estava de acordo. Nem entendi porque isso não foi apreciado, que era uma coisa que todo mundo concordava. Então, coloquei para ele as alternativas que nós temos daquilo que é incontroverso, nós recuperarmos de alguma maneira”, disse Haddad.
Segundo o ministro, entre os pontos que tanto o Congresso como o governo concordavam estaria o controle de cadastro e a questão do disciplinamento de compensação.
Veja mais
A medida, que vinha como alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), entre outros pontos, aumentava tributos sobre investimentos e aplicações como juros sobre capital próprio e apostas esportivas.
Além do ministro, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, também mencionou nesta quarta sobre a prioridade em salvar a medida provisória.
“Então, nós queremos debater com o Congresso quais as alternativas para resolver essa parte relativa à despesa. O presidente Davi se colocou à disposição para construir uma solução. O presidente Hugo Motta não está em Brasília, foi ao Rio de Janeiro para um evento com o presidente da República”, argumentou.
Encontro
O encontro foi marcado para os representantes poderem discutir os próximos passos da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026.
A proposta reúne regras para o Orçamento de 2026 e deveria ter sido votada pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) e pelos plenários da Câmara e do Senado em julho, mas ainda não foi apreciada.
Segundo o ministro, durante a reunião, ele explicou “ponto a ponto” e Alcolumbre “compreendeu o que está em jogo”.
Haddad disse, ainda, que a intenção é garantir a “consistência” das decisões. “O que queremos garantir, que qualquer que seja a decisão do Congresso, ela deve ser consistente. Não pode uma lei apontar em uma direção, outra lei em outra”, completou.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
