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Haddad e governadores do Sudeste e Sul discutem nesta terça dívidas bilionárias dos estados com a União

Proposta de renegociação tem sinal verde de Lula; governo federal deve enviar projeto de lei sobre o tema ao Congresso até junho

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Plano de renegociação de Haddad tem aval de Lula
Plano de renegociação de Haddad tem aval de Lula Plano de renegociação de Haddad tem aval de Lula (Diogo Zacarias/MF - 25.03.2024)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne na manhã desta terça-feira (26) com governadores do Sudeste e Sul para tratar das dívidas bilionárias dos estados com a União. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, também vão participar do encontro.

Representantes dos sete Executivos estaduais estarão na reunião:

• Renato Casagrande (Espírito Santo);

• Romeu Zema (Minas Gerais);

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• Cláudio Castro (Rio de Janeiro);

• Tarcísio de Freitas (São Paulo);

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• Ratinho Junior (Paraná);

• Eduardo Leite (Rio Grande do Sul); e

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• Marilisa Boehm (Santa Catarina, vice-governadora).

A proposta de renegociação que Haddad apresentará aos participantes já tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o governo federal deve enviar um projeto de lei sobre o tema ao Congresso Nacional até junho.

O ministro se reuniu com o presidente para tratar do assunto na semana passada. Haddad também já se encontrou com os governadores de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul para discutir o tópico. 

Recentemente, Lula defendeu que é obrigação do Executivo discutir a dívida com os estados e falou em cumplicidade entre os entes federados. "Nós estamos determinados a sentar com os governadores e renegociar as dívidas, para que a gente conceda a todo mundo o direito de respirar", destacou.

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A dívida dos estados com a União vem de empréstimos diretos ou de contratação, pelos entes da Federação, de crédito no mercado financeiro com garantia da União. Segundo o Palácio do Planalto, a União pagou R$ 1,22 bilhão em dívidas garantidas atrasadas em fevereiro deste ano, sendo R$ 776,59 milhões de Minas Gerais; R$ 301,73 milhões do Rio de Janeiro; R$ 76,11 milhões de Goiás; e R$ 60,62 milhões do Rio Grande do Sul.

A União cobre os valores atrasados, mas acrescenta contrapartidas, como multa, juros, custos operacionais e retenção de repasses — receitas de fundos de participação e impostos. Assim, a dívida de Minas Gerais, por exemplo, é de quase R$ 160 bilhões.

Um acordo entre o governo federal e o estado, intermediado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o início do pagamento da dívida — que seria em dezembro de 2023 — fosse prorrogado para abril.

Atualmente, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul fazem parte do regime de recuperação fiscal (RRF), que inclui parcelamento e escalonamento das dívidas em troca de um planejamento de ajuste de gastos. São Paulo, que não está no esquema, deve cerca de R$ 272 bilhões.

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