Haddad pede que Congresso honre acordo sobre MP do IOF e afirma que governo aguarda votação
Ministro afirma que texto é fruto de concessões mútuas e pede que parlamentares cumpram compromisso firmado com o governo
Brasília|Do R7, em Brasília
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou nesta quarta-feira (8) que o Congresso Nacional cumpra o acordo político firmado com o governo em torno da MP (Medida Provisória) que apresentou alternativas fiscais ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O texto tem até o fim do dia para ser votado — caso contrário, perderá a validade.
“A única coisa que o governo está pedindo é que um acordo seja cumprido”, disse Haddad, ao comentar o impasse na votação.
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Segundo ele, o texto em análise é fruto de concessões mútuas e foi resultado de muitas rodadas de negociação entre o Executivo e o Legislativo, tanto no Senado quanto na Câmara.
“Não é que foi uma ou duas reuniões que nós fizemos, foram muitas reuniões que foram feitas para demonstrar a qualidade do acordo que foi firmado, tanto por ocasião daquela reunião de dois meses atrás, quanto nas reuniões que foram feitas de duas semanas para cá”, afirmou.
Haddad destacou que o governo está “muito tranquilo” em relação ao conteúdo do relatório final da MP e defendeu que ele não penaliza a população.
“É um acordo justo, é um acordo que não penaliza o trabalhador, que não penaliza 99% da população agora e não penaliza nem o 1%. Mas chama o 1% à responsabilidade de garantir que o país continue funcionando bem. É um chamamento à responsabilidade do 1%”, disse.
O ministro também reafirmou a expectativa de que os parlamentares garantam um orçamento adequado e sustentável, respeitando os programas já aprovados pelo Congresso.
“Estamos fazendo todo o empenho para que os parlamentares ofereçam ao país condições de fechar um orçamento adequado, que respeite os programas que foram aprovados pelo Congresso Nacional, para que tudo tenha continuidade, os investimentos tenham continuidade com sustentabilidade econômica em todos os sentidos. Então, nós continuamos dialogando com as forças do Congresso Nacional, reivindicando o acordo que foi firmado conosco”, afirmou.
Alternativas em caso de rejeição da MP
Caso a MP seja rejeitada ou perca validade, Haddad disse que o governo vai reavaliar o cenário junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Em relação ao que será feito, vai depender do cenário. Vamos ver o que vai ser decidido pelo Congresso”, comentou.
“Se o acordo for cumprido, ele está cumprido. Nós estamos numa rota sustentável e tudo mais. Se tivermos um resultado adverso, eu volto à mesa do presidente. É ele que decide os rumos do país. A gente sempre apresenta um cardápio de soluções”, acrescentou.
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