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‘Inaceitável’, diz governo sobre assédio sofrido por jornalista em cobertura das Olimpíadas

Repórter comentava desempenho de atletas quando foi beijada sem consentimento por dois homens

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Verônica Dalcanal rechaçou os homens Reprodução/EBC - 03.08.2024

O governo federal publicou neste domingo (4) uma nota se solidarizando com a repórter Verônica Dalcanal que foi assediada por torcedores estrangeiros durante uma transmissão ao vivo no sábado (3) enquanto fazia uma cobertura das Olimpíadas de Paris, na França. “É inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência. A Secom [Secretaria de Comunicação Social] dará o apoio que se faça necessário nesse momento”, afirma.

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O crime aconteceu enquanto a jornalista da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) comentava sobre o desempenho dos atletas brasileiros nas competições. Três homens estrangeiros se aproximaram de Dalcanal e começaram a cantar. Um dele, então, encostou na jornalista e deu um beijo no rosto dela sem consentimento. Ela o repeliu, mas um segundo homem chega perto e dá um beijo no rosto da brasileira, que também o rechaça.

“Acho revoltante que jornalistas mulheres ainda passem por esse tipo de situação trabalhando. Pessoalmente, fico também triste porque essa cobertura vai ficar marcada também por esse episódio. Cobrir os Jogos Olímpicos em Paris é um sonho profissional que tive a felicidade de poder realizar. Como outros colegas, queria lembrar dessa cobertura apenas pelas entrevistas, pelas matérias escritas, pelas entradas ao vivo e pela emoção de acompanhar nossos atletas. Infelizmente não será assim. Mas vou me lembrar também da solidariedade dos meu colegas aqui e no Brasil, fundamentais para que eu encerre o dia de hoje bem”, afirma Dalcanal.

“Em Paris as mulheres puderam participar de uma Olimpíada pela primeira vez. Nessa edição dos jogos, buscou-se a igualdade no número de atletas homens e mulheres participando. 124 anos depois. Infelizmente ainda precisamos brigar para sermos tratadas com respeito. Mas não estamos sozinhas na luta”, completa.

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