Instalação da CPI da Braskem 'é irreversível', diz Otto Alencar
O senador é o membro mais velho do colegiado e responsável por abrir os trabalhos; a pauta cheia deve adiar o início da CPI
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da mineradora Braskem em Maceió "é irreversível". Por ser o membro mais velho do colegiado, o parlamentar é responsável por instalar os trabalhos.
A previsão inicial era que a instalação da CPI ocorresse nesta terça-feira (12), mas Otto alegou agenda cheia e disse não ter sido procurado pelos demais membros para justificar o adiamento da programação.
Ainda assim, a expectativa é que a CPI seja instalada ainda nesta semana, até quinta-feira (14). A comissão contará com 11 membros titulares e sete suplentes. Apenas o PDT ainda precisa indicar o senador que vai representar a legenda. Não há acordo para a presidência, mas um dos nomes aventados é o de Omar Aziz (PSD-AM). As investigações devem começar em 2024.
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A base do governo tem se mostrado contra a instalação da CPI. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira (12) com ministros e representantes do estado de Alagoas para discutir o caso do afundamento do solo em bairros da capital, Maceió. O problema foi causado por falhas durante a extração de sal-gema conduzida pela Braskem na cidade.
Após o encontro, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor do pedido de criação da CPI, afirmou que não cabe ao governo interceder pela empresa e que os trabalhos de investigação não interferem em acordos para pagar vítimas. "Nós não somos contra [as negociações]. Estamos buscando um caminho para resolver o problema", defendeu Calheiros.
Colapso da mina 18
O problema atinge, principalmente, a área da mina 18 da Braskem, construída nas proximidades do bairro Mutange. O afundamento do solo tem avançado de forma acelerada, segundo a Defesa Civil do município.
Imagens da área da mina 18 da Braskem, que se rompeu às 13h15 de domingo (10), mostram o antes e o depois de o local ser inundado pela água da lagoa Mundaú, próxima ao bairro de Mutange, em Maceió (AL)
Imagens da área da mina 18 da Braskem, que se rompeu às 13h15 de domingo (10), mostram o antes e o depois de o local ser inundado pela água da lagoa Mundaú, próxima ao bairro de Mutange, em Maceió (AL)
No último domingo (10), imagens mostraram que uma área da estrutura de mineração se rompeu, às 13h15. O local foi inundado pela água da lagoa Mundaú.
Segundo a Defesa Civil Municipal, a mina e todo o seu entorno foram desocupados, por isso não há nenhum risco para os moradores. Nas 24 horas que antecederam o rompimento, o deslocamento vertical de terra foi de mais 12,5 cm. Desde o início da crise na mina 18, o chão já afundou 2,35 m







