Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

‘Interesse de uns não pode se sobrepor ao coletivo’, diz Alckmin sobre taxa de Trump

Vice-presidente reuniu-se com representantes de empresas norte-americanas e reforçou objetivo de rever tarifa

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

  • Google News
Alckmin tem comandado as negociações brasileiras com os EUA Valter Campanato/Agência Brasil - 16.07.2025

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a criticar nesta quarta-feira (16) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% todos os produtos brasileiros comprados pelos EUA.

“Precisamos resolver a questão tarifária, que não se justifica nesse patamar, e é um perde-perde. Não pode o interesse de alguns se sobrepor ao interesse coletivo”, declarou a jornalistas.


Alckmin, que tem comandado as negociações, reuniu-se com representantes de empresas norte-americanas nesta tarde, em Brasília (DF), e reforçou que o objetivo central do Brasil é rever a tarifa, mas não descartou pedir adiamento do prazo.

As taxas, informadas por Trump na semana passada, entram em vigor a partir de 1º de agosto.


Após o anúncio do republicano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a criação de um comitê interministerial para discutir a tarifa. O grupo de trabalho, chefiado por Alckmin, também reúne empresários.

As reuniões do comitê começaram nessa terça-feira (15), com representantes do agronegócio brasileiro e dos setores industriais com maior fluxo comercial com os EUA, como calçados, aviação, máquinas e equipamentos.


Nesta quarta, Alckmin recebeu produtores brasileiros, entidades representativas e empresários de empresas norte-americanas.

Possibilidade de adiamento

O vice-presidente não descarta a possibilidade de o Brasil pedir aos Estados Unidos adiamento do início da taxa. No entanto, segundo Alckmin, o objetivo da gestão de Lula é reverter a decisão de Trump.


“Houve uma colocação da questão de que o prazo é exíguo, pedindo um prazo maior, mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, é procurar resolver até o dia 31 [de julho]. O governo vai trabalhar para tentar resolver e avançar nesse trabalho nos próximos dias”, destacou.

Na reunião da manhã, Alckmin não descartou a possibilidade de pedir mais tempo ao governo norte-americano. “Nós queremos resolver o problema, e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou.

Nessa segunda (14), porém, Alckmin negou a jornalistas que o governo federal tenha pedido aos EUA prorrogação do início da vigência da taxa. “O governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo nem fez nenhuma proposta sobre alíquota, sobre percentagem. O que estamos fazendo é ouvindo os setores mais envolvidos, para o setor privado também participar e se mobilizar também com seus congêneres e parceiros nos Estados Unidos”, declarou o vice-presidente.

Tarifa de Trump

Em carta, enviada nominalmente a Lula na semana passada, Trump anunciou que, a partir de 1º de agosto, vai taxar em 50% todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

Segundo o republicano, a medida é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas norte-americanas e à forma como o país tem tratado Bolsonaro.

Além de inelegível até 2030, o ex-presidente é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações que envolvem o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.