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Irmão de Alcolumbre diz que R$ 500 mil pagariam estudo jurídico; veja detalhes do depoimento

O dinheiro, que seria repassado a um advogado, foi entregue a um motorista de confiança, segundo depoimento a que o R7 teve acesso

Brasília|Bruna Lima e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Alberto Alcolumbre foi liberado pela polícia, mas o dinheiro continua retido
Alberto Alcolumbre foi liberado pela polícia, mas o dinheiro continua retido

O advogado Alberto Samuel Alcolumbre, irmão do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), flagrado em uma ação policial com R$ 500 mil, afirmou à Polícia Civil de São Paulo que o dinheiro é "lícito, fruto de seu trabalho", e que o valor serviria para pagar um estudo jurídico a um outro advogado parceiro. Alberto tem, desde março de 2020, um escritório de advocacia com sede em Macapá, capital do Amapá e reduto político do ex-presidente do Senado.

A reportagem falou com Alberto, que afirmou ter prestado todas as informações aos policiais. O dinheiro ainda está retido e, segundo ele, o advogado a quem o montante seria entregue deve procurar a delegacia para recuperar o valor. 

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No depoimento prestado por Alberto à polícia, documento ao qual o R7 teve acesso, ele detalha que decidiu fazer o pagamento em espécie e que ficou acordado que entregaria o dinheiro a um motorista de confiança. Em uma Toro, Alberto se encontrou com o outro condutor, que estava em um Fusion, nas proximidades do Sambódromo do Anhembi, onde o irmão do parlamentar participava de uma feira de acessórios automobilísticos. 


"A quantia foi entregue em duas bolsas de viagem, e então o motorista seguiu seu rumo, porém [Alberto] notou que ele acabou sendo abordado por policiais militares logo adiante, na avenida Sambódromo. Diante de tal cenário, o declarante se aproximou do local da abordagem e perguntou se estava tudo bem", diz o depoimento. 

Com a intervenção, Alberto também acabou sendo abordado e foi questionado se saberia a origem do dinheiro, tendo afirmado ter sido ele o responsável por entregar as bolsas. Na delegacia, o advogado declarou que o montante era proveniente do próprio trabalho, “bem como de transações comerciais particulares que realizava, dentre elas, a compra e venda de automóveis”. Alberto disse, ainda, “que tem como comprovar a procedência da quantia, o que fará oportunamente por meio de seu advogado”.


Confira o depoimento obtido pelo R7 na íntegra:

Declarou que contratou um estudo jurídico com um advogado chamado Dr. Felipe Antonioli ficando acordado o pagamento no valor de R$ 500.000 (quinhentos mil reais). Que decidiu fazer o pagamento em espécie e então o Dr. Felipe enviou um motorista da confiança dele, de prenome Sérgio, que chegaria dirigindo um Ford/Fusion preto, para pegar o dinheiro com o declarante, o que ocorreu nesta data (25/03/2022), nas proximidades do Sambódromo do Anhembi, onde participava de uma feira de acessórios automobilísticos.


A quantia foi entregue em duas bolsas de viagem e então o motorista Sérgio seguiu seu ruim, porém, notou que ele acabou sendo abordado por policiais logo adiante, na avenida do sambódromo. Diante de tal cenário, na direção e seu automóvel particular, o declarante se aproximou do local da abordagem policial e perguntou para Sergio se estava tudo bem. Neste momento, os policiais militares também o abordaram e passaram a questioná-lo se conhecia aquele motorista e se sabia algo a respeito da procedência do dinheiro localizado no Ford/Fusion.

Por sua vez, o declarante respondeu aos militares que conhecia Sergio e que havia lhe entregado o numerário. Na sequência, foram todos conduzidos a esta delegacia para prestar esclarecimentos. Ressalta o declarante que referida quantia lhe pertence e é fruto de seu trabalho como advogado, bem como de transações comerciais particulares que realiza, dentre elas, a compra e venda de automóveis. Que tem como promover a procedência desta quantia, o que fará oportunamente por meio de seu advogado ainda no dia de hoje (25/03/2022).

Que acompanhou a contagem do numerário exibido realizada pelos policiais civis plantonistas e tomou conhecimento de que foi contabilizada a importância de R$ 499.970,00 (quatrocentos e noventa e nove mil, novecentos e setenta reais), mesmo valor que os policiais militares o informaram por ocasião da contagem por eles realizada. O declarante não contesta os valores apurados, acreditando ter se enganado quando procedeu a contagem.

Neste ato, tomou conhecimento de que numerário em questão, bem como as duas bolsas em que estavam guardados, foram formalmente apreendidos para posteriores deliberações por parte da chefia desta unidade policial.

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