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JR Entrevista: diretor diz que PF vai até o fim para apurar fraude no cartão de vacina de Bolsonaro

Segundo Andrei Rodrigues, serão abertos tantos inquéritos quantos forem necessários para apurar todas as responsabilidades

Brasília|Do R7, em Brasília

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues

O JR Entrevista desta sexta-feira (5) recebe, às 19h45, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O programa vai estar disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus. Rodrigues disse à jornalista Renata Varandas que a corporação vai até o fim para apurar todas as responsabilidades no suposto esquema de fraude nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da filha dele e de outras pessoas diretamente ligadas ao ex-mandatário. Para Rodrigues, esses crimes poderiam abalar a crediblidade do Brasil em relação aos seus documentos oficiais.

Segundo o diretor-geral, serão abertos tantos inquéritos quantos forem necessários para apurar os crimes identificados no processo. "É obrigação nossa apurar todos os elementos, todos os fatos referentes a um objeto principal da investigação, assim como dos laterais que vão surgindo no curso do processo”, afirmou durante uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Justiça, Flávio Dino.

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O diretor disse ainda que as penas pelos supostos crimes relacionados ao esquema podem somar mais de 30 anos de prisão. "A pena cominada no artigo 313-A do Código Penal para peculato eletrônico ou peculato digital, conforme a doutrina, é de 12 anos de reclusão. Isso é a mesma pena estipulada para corrupção, por exemplo, para que se tenha uma dimensão do que nós estamos falando. Associação criminosa, artigo 288, são quatro anos de reclusão. Crime contra a saúde pública, que também é previsto na legislação. Corrupção de menores, lei nº 8.069, do Estatuto da Criança e do Adolescente. Somando tudo isso, temos pena acima de 30 anos de cadeia, dependendo da circunstância", calculou o diretor da PF. 

Para quem vai a pena

Perguntado se a PF acha plausível que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid tenha agido por conta própria, sem que o ex-presidente soubesse, Rodrigues disse que tem dificuldade em entender o porquê de o advogado de um dos investigados tentar inocentar outro investigado. "Nesse caso concreto, a gente tem um histórico da relação entre o subordinado e o chefe que aponta que não é crível que a autoridade superior não tivesse conhecimento da atuação desse ajudante de ordens. Inclusive porque houve fraude não só no cartão de vacinação de Bolsonaro, mas também no da filha menor de idade do ex-presidente. Então não me parece razoável que a gente suponha que esse dado não era de conhecimento da autoridade. Mauro Cid atuou durante todo o período de governo [de Jair Bolsonaro] a mando do chefe. Isso é regular das relações entre subordinados e chefes," afirmou.

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