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JR Entrevista: Nelsinho Trad diz que competitividade brasileira no agronegócio assusta europeus

Senador afirma que franceses e alemães resistem a acordo entre Mercosul e União Europeia por temerem competição

Brasília|Do R7, em Brasília


Senador diz que europeus temem competitividade brasileira
Senador diz que europeus temem competitividade brasileira

O convidado do JR Entrevista que vai ao ar às 19h45 desta quinta-feira (6) é senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Ao jornalista Thiago Nolasco, o parlamentar disse que a França e a Alemanha são os dois países que têm mais resistências ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia. "E esse pano de fundo que coloca a questão ambiental, na minha avaliação, ele perde muito depois que você entra mais aprofundado no assunto pelo receio que esses países têm da competitividade brasileira de mercado, principalmente no agronegócio," afirma. O programa estará disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.

Negociado desde 1999, o acordo está em fase de revisão, mas há entraves na questão ambiental e sobre compras governamentais. Recentemente, os europeus propuseram um documento adicional, chamado de side letter, que impõe sanções em caso de descumprimento — mas só para o lado sul-americano. 

Os países da Europa querem a garantia de que a intensificação do comércio entre os blocos não vá resultar no aumento de destruição ambiental no Brasil e nas demais nações do Mercosul — Argentina, Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o lado brasileiro é a favor de que não haja distinção na aplicação de eventuais sanções, ou seja, que ambos os lados sejam penalizados da mesma forma em caso de descumprimento.

O Brasil acaba de assumir a presidência do Mercosul. De acordo com o senador, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia é um ponto de extrema importância para a economia brasileira. “É muito importante [o Brasil assumir a presidência do Mercosul]. Na União Europeia vai entrar um espanhol, que é simpático ao acordo. [...] Estive no Parlamento Europeu. Fui lá representando o Brasil, junto com alguns colegas que representam o Brasil. E fizemos um debate bastante intenso com o Parlamento Europeu", comenta. 


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O parlamentar efirma que a busca de consensos no acordo com a União Europeia é o que vai dar oportunidades de realização de novos negócios de forma mais célere, sem impostos. Ele explica que isso vai baratear custos, além de movimentar a economia brasileira. 

Quanto ao realinhamento da integração regional dentro do Mercosul, Nelsinho Trad diz que a força da união dos países do bloco muitas vezes é desprezada. “Senti isso claramente dentro do Parlamento Europeu. Temos que perceber que a busca dessa integração é fundamental para você criar um ambiente harmônico a fim de quem queira promover novas tratativas com esse bloco possa sentir isso e oportunizar esses acontecimentos," afirma.


Arcabouço fiscal

Segundo o senador, dificilmente a Câmara vai manter as mudanças que o Senado fez no texto do projeto. "A Câmara tem essa opção, ou ela mantém aquilo que o Senado alterou ou ela veta. Em ela vetando fica o texto original da primeira relatoria do deputado Claudio Cajado (PP-BA), que é o que eu penso que está caminhando para ser dessa forma, o que eu lamento," diz o senador.

O projeto do chamado arcabouço fiscal, norma que define novas regras para as contas públicas do país, prevê que o orçamento destinado às despesas públicas cresça sempre acima da inflação e que o Executivo use pelo menos R$ 75 bilhões todo ano para fazer investimentos. Esses são alguns dos pontos do texto que foi oficialmente apresentado pelo governo federal ao Congresso Nacional.

Segundo o Ministério da Fazenda, o projeto do arcabouço propõe "uma regra fiscal sólida, confiável e ajustada à realidade do Brasil". Para a pasta, a norma, caso aprovada, "vai promover a recuperação do orçamento de políticas públicas essenciais" e "terá reflexos também na retomada da ancoragem das expectativas dos agentes de mercado em relação ao controle das contas públicas".

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