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JR Entrevista: presidente do Ibama diz que garimpeiros têm até 6 de abril para deixar Terra Yanomami

Rodrigo Agostinho trouxe dados atualizados sobre a situação dos povos indígenas durante entrevista com a jornalista Lívia Veiga

Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, conversou com a jornalista Lívia Veiga no JR Entrevista desta quinta-feira (9). Ele trouxe dados atualizados sobre a situação dos povos indígenas, do território yanomami, e deu detalhes de como os garimpeiros atacaram a base do governo.

Agostinho abordou ainda a defasagem do quadro de pessoal do Ibama e a retomada do Fundo Amazônia.

O presidente do Ibama conversou com a jornalista Lívia Veiga
O presidente do Ibama conversou com a jornalista Lívia Veiga O presidente do Ibama conversou com a jornalista Lívia Veiga

Segundo Agostinho, os últimos garimpeiros que insistem em ficar no território yanomami têm até 6 de abril para deixar a região. A Terra Yanomami é a maior reserva indígena do país e ganhou a atenção do mundo depois que a crise humanitária na região causada pela exploração ilegal de minérios foi revelada.

“Hoje%2C 80% desses garimpeiros já saíram%2C mas o Ibama continua apreendendo e destruindo equipamentos. Temos território em dois estados%2C Amazonas e Roraima%2C mas também temos terras em Curitiba (PR) e no lado venezuelano. No auge do garimpo%2C 30 mil garimpeiros viviam nas terras yanomami%2C tivemos problemas seríssimos de conflito%2C contaminação por mercúrio%2C estupro de mulheres indígenas%2C declínio da caça e diminuição de oferta de alimentos. Cerca de 500 crianças morreram nos últimos dois anos por causa da crise humanitária%2C principalmente%2C pela contaminação por mercúrio”

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Para dar conta desse e de outros desafios do órgão, Agostinho afirmou que o quadro do Ibama será recomposto por meio de concurso público, previsto para este ano. O órgão, que chegou a ter 2 mil fiscais, tem, atualmente, cerca de 300 servidores. “Temos pelo menos dez terras indígenas que vamos implementar ações ao longo do ano. Trabalhando também em outras áreas, temos 21 protegidas na Amazônia que estão sofrendo pelo garimpo ilegal, além de áreas desde Rondônia, Sul do Amazonas, sul e leste do Pará, com extração e comércio ilegal de madeira, desmatamento ilegal e avanço de outras ilegalidades. Percebemos que os crimes ambientais têm servido de lavagem de dinheiro de outros crimes”, adiantou o presidente.

A retomada do Fundo Amazônia, segundo Agostinho, será um suporte para o trabalho do Ibama e o combate aos crimes ambientais. “Os investimentos serão maciçamente em bioeconomia, mas o fundo também investe em combate ao desmatamento e outros pontos problemáticos. O Ibama está preparando um grande projeto de fiscalização com o fundo e será submetido nas próximas semanas”, revelou.

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