JR ENTREVISTA: Saúde vai acelerar registros para baratear canetas emagrecedoras, diz Padilha
Ministro da Saúde prevê queda de preços e expansão tecnológica em medicamentos
Brasília|Do R7
O convidado do JR ENTREVISTA desta desta quarta-feira (10) é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. À jornalista Tainá Farfan, ele fala sobre novos avanços na vacinação, políticas públicas prioritárias para o SUS, tensões políticas em Brasília e avaliações sobre o cenário eleitoral de 2026.
Durante a entrevista, Padilha detalhou a chegada da primeira vacina 100% brasileira contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o Ministério da Saúde.
De dose única e com proteção contra os quatro sorotipos, ela será distribuída inicialmente para pessoas mais velhas — começando pelos 59 anos e descendo progressivamente para faixas etárias inferiores — além de voluntários dos testes clínicos e profissionais de saúde, especialmente da atenção primária e pronto-socorro.
O Butantan prevê 9 milhões de doses no primeiro semestre do próximo ano e 30 a 35 milhões no segundo. A Anvisa deve publicar o registro definitivo ainda esta semana, e a vacinação começará em janeiro, priorizando profissionais de saúde. O ministério também manterá a vacinação internacional para adolescentes de 14 a 16 anos, que exige duas doses.
Na área de medicamentos e tecnologia, o ministro afirmou que o país está acelerando o processo regulatório para ampliar a oferta de canetas emagrecedoras produzidas no Brasil. Com o fim de patentes previsto para alguns medicamentos já no próximo ano, o governo espera redução de preços. O Ministério da Saúde, segundo ele, também financia estudos para avaliar a incorporação das canetas emagrecedoras no SUS, especialmente para pacientes na fila da cirurgia bariátrica.
Sobre a política em Brasília, o ministro comentou o clima em torno da indicação de Jorge Messias ao STF (Supremo Tribunal Federal) e disse esperar uma retomada do diálogo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que recentemente elogiou ações do governo no Amapá. Padilha afirmou que o presidente Lula sempre buscou o diálogo com os chefes dos Poderes.
Ao comentar o cenário eleitoral, Padilha avaliou a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência como uma tentativa de Jair Bolsonaro manter sua influência sobre uma direita que, na visão dele, está fragmentada. Ele defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve liderar uma frente ampla progressista em 2026, lembrando que o governo já inclui ministros de centro e centro-direita.
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