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R7 Brasília

Justiça determina investigação de estupro de detenta por servidor no DF

Agente penal retirou mulher de cela e a obrigou a manter relações sexuais. Servidor foi afastado 

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Complexo Penitenciário do DF
Complexo Penitenciário do DF

Uma mulher que está presa no Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), a Colmeia, denunciou que foi vítima de um estupro no último domingo (12). O autor seria um policial penal da unidade. Depois que o advogado dela relatou o abuso à direção do presídio, o caso foi levado à justiça. A mulher e as companheiras de cela foram ouvidas pela direção da penitenciária.

Diante das acusações, a juíza Leila Cury da Vara de Execuções Penais (VEP) ordenou que a violação sexual fosse investigada pela 20ª Delegacia de Polícia (Gama). "Os fatos alegados são de extrema gravidade e devem ser apurados", escreveu na decisão. O caso tramita em segredo de justiça.

A vítima deve passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A direção do presídio terá de prestar suporte psicológico à detenta. No despacho, a magistrada ainda proibiu o acesso de policiais penais homens às galerias onde estão alojadas as detentas, a não ser na presença de agentes mulheres.

Cury exigiu uma lista com os nomes e escalas de trabalho de todos os policiais penais que estavam em serviço naquele fim de semana e que atuaram no bloco onde a vítima está detida. A juíza determinou também a análise das imagens de câmeras de segurança. A VEP ainda notificou o Ministério Público, para que atue no caso. A promotoria afirmou que "todas medidas estão sendo tomadas para verificação e eventuais providências".

Transferência

Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) informou que o servidor suspeito de violentar a vítima foi transferido cautelarmente até que o caso seja solucionado. "Foi instaurado procedimento apuratório interno para elucidação dos fatos", diz o texto. "Todas as denúncias dentro das penitenciárias do Distrito Federal são apuradas com rigor", prossegue a nota.

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