O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, decidiu manter 10 integrantes do alto escalão da pasta que estavam na gestão de Flávio Dino. Os nomes que vão ocupar as principais funções ligadas ao ministério foram anunciados na tarde desta quinta-feira (1º), durante cerimônia de transmissão do cargo.
Entre as manutenções feitas por Lewandowski, estão os diretores-gerais da Polícia Federal, Andrei Passos, e da Polícia Rodoviária Federal, Antonio Fernando Oliveira.
Veja quem ficará na pasta:
• Marivaldo Pereira, que era secretário de Acesso à Justiça na gestão de Dino e será secretário-executivo adjunto sob o guarda-chuva de Lewandowski;
• Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor, manterá o mesmo cargo;
• Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos, manterá o mesmo cargo;
• Marta Rodrigues de Assis Machado, secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, manterá o mesmo cargo;
• Sheila de Carvalho, que era assessora especial de Dino e será secretária de Acesso à Justiça;
• Estela Aranha, secretária de Direitos Digitais, manterá o mesmo cargo;
• Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da PF, , manterá o mesmo cargo;
• Antônio Fernando Oliveira, diretor-geral da PRF, manterá o mesmo cargo;
• Tamires Sampaio, assessora especial coordenadora do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania, manterá o mesmo cargo; e
• Elizeu Soares Lopes, assessor especial coordenador de Participação Social e Diversidade, manterá o mesmo cargo.
Entre os novos membros do ministério, estão:
• Ana Maria Neves (chefe de gabinete),
• Manoel Carlos de Almeida Neto (secretário-executivo); e
• Mario Sarrubbo (secretário nacional de Segurança Pública).
Ana Maria Neves acompanha Lewandowski desde a época do STF (Supremo Tribunal Federal), Almeida Neto é advogado e Sarrubbo era procurador-geral de Justiça de São Paulo.
Além dos três, vão estrear no ministério Jean Uema, André Garcia, Lilian Manoela Melo, Marcelo Pimentel de Oliveira e Marco Antônio Riechelmann.
Uema era chefe da assessoria especial da Secretaria de Relações Institucionais, cujo titular é o ministro Alexandre Padilha. Garcia era secretário de Justiça do Espírito Santo, e Marco Antônio Riechelmann era assessor especial do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lilian Manoela Melo e Marcelo Pimentel de Oliveira também trabalham com Lewandowski desde a época do STF.
Dino elogiou escolhas de Lewandowski
Na cerimônia de transferência de cargo, Dino — que assume como ministro do STF no próximo dia 22 — elogiou as escolhas de Lewandowski para composição da equipe. "Quero reiterar minha honra de ser sucedido pelo ministro Lewandowski, por quem detenho profunda admiração. Temos traços em comum, como o patriotismo autêntico e popular. Ao lado da soberania popular, existe a soberania dos mais pobres. Só há democracia quando há justiça social, e só se alcança democracia e justiça social com Estado e serviços públicos fortes, com governo que funciona", declarou Dino, ao desejar sorte ao novo ministro.
Lewandowski também elogiou o colega, cujo legado deixado é "excepcional". "Estamos no mesmo time e participamos do mesmo governo. Continuarei as excelentes políticas iniciadas pelo senhor e sua equipe. Nossos objetivos e metas são exatamente coincidentes. Uma eventual mudanca de ênfase é possível, mas o sentido geral será certamente continuado", destacou o novo titular.
"Ser servidor público não é servir-se do público, mas servir ao público. Antes de mais nada, somos servidores dos cidadãos brasileiros e assim agiremos. O ministro Dino me entregou a casa em ordem", completou Lewandowski, ao desejar "muito sucesso" ao futuro ministro do STF.