Lewandowski e Castro anunciam criação de escritório emergencial de combate ao crime no RJ
Polícias Federal e Rodoviária Federal no RJ terão efetivos reforçados, de acordo com ministro
Brasília|Ana Isabel Mansur e Yumi Kuwano, do R7, em Brasília
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciaram nesta quarta-feira (29) a criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado no estado.
O núcleo especial terá integrantes do governo federal e da gestão estadual. Segundo o governador, a ideia é “vencer possíveis burocracias, integrar inteligências, respeitando as competências de cada ordem, mas tentando eliminar barreiras”.
A criação desse escritório de emergência é consequência da megaoperação de terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão contra o Comando Vermelho, que mobilizou cerca de 2.500 policiais, prendeu 113 suspeitos e deixou ao menos 119 mortos, entre eles dois policiais civis e dois militares.
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Lewandowski e Castro tiveram uma reunião nesta quarta-feira no Rio de Janeiro para falar do assunto. O ministro ressaltou que o grupo vai funcionar para tomar decisões rápidas.
“Conjugar as forças federais e as forças estaduais para resolver celeremente os problemas com os quais nos deparamos para a solução dessa crise. É um fórum onde as forças vão conversar entre si, tomar decisões rapidamente, até que a crise seja superada”, explicou.
O ministro ainda disse que haverá aumento do efetivo das polícias Federal e Rodoviária Federal, bem como de peritos criminais, que poderão ser recrutados na Força Nacional e em outros estados.
Até o momento, Lewandowski informou que 50 policiais federais foram deslocados para o Rio de Janeiro.
Outras ações anunciadas foram a disponibilização de vagas nos presídios federais de segurança máxima para presos de maior periculosidade e a intensificação das atividades de inteligência para a descapitalização do crime organizado.
GLO
O governador ainda disse que não houve pedido de decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) — quando ocorre o envio das Forças Armadas para atuar na segurança pública em situações excepcionais — e que o assunto não chegou a ser cogitado pelo estado.
“Eu não preciso que o governo federal venha aqui fazer o meu trabalho”, declarou.
Segundo Castro, o trabalho tem que ser feito de forma integrada, e o Rio de Janeiro sozinho tem condições de vencer batalhas, mas não guerras.
“Na batalha de ontem, as polícias saíram vitoriosas. Tirando as quatro vitimas que foram os policiais mortos, o resto foram criminosos. Não era intenção de ninguém, queríamos ter prendido todos com vida, mas foi uma consequência da retaliação que eles acabaram fazendo e do uso desproporcional da força”, ressaltou.
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