Liberação para explorar petróleo não muda negociações durante evento, diz presidente da COP30
Nesta semana, Ibama autorizou Petrobras a explorar região da Foz do Amazonas
Brasília|Do R7, com Estadão Conteúdo
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O presidente da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), André Corrêa do Lago, disse que a autorização concedida pelo Ibama à Petrobras para pesquisar a viabilidade de exploração de petróleo a cerca de 500 quilômetros da Foz do rio Amazonas — na chamada Margem Equatorial — não deve impactar as negociações da conferência.
“Eu não acho que tenha que ser considerado como algo que mude coisas na COP”, declarou Lago nesta quinta-feira (23), em coletiva de imprensa.
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O Bloco FZA-M-59 está a 500 km da Foz do Rio Amazonas, uma faixa ambientalmente sensível por abrigar, por exemplo, estações ecológicas, áreas marinhas protegidas, áreas de proteção permanente e reservas indígenas.
“Todo mundo sabia que esse tema estava evoluindo. A questão foi o momento em que a notícia foi dada. É uma demonstração do quanto esse tema está sendo debatido de maneira muito aberta no Brasil e que as instituições brasileiras estão funcionando no ritmo que as coisas devem acontecer”, opinou o presidente da COP30.
O processo de licenciamento ambiental sobre o Bloco FZA-M-59 foi iniciado em 2014 e houve um longo trâmite para a liberação nesta semana.
O Ibama apontou em parecer técnico 29 condicionantes específicas, incluindo diversos planos de prevenção ambiental.
Lago argumentou que a posição do Brasil é “fortalecida”, e, como todos os países no processo de transição energética, é necessário fazer escolhas.
“A transição em cada um dos países representa um grande desafio econômico, e eu acredito que o Brasil demonstrou para o mundo que esse tema está sendo tratado ao mesmo tempo, de maneira muito institucional”, disse.
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