Líder do PT na Câmara sugere que Motta cometeu crime de responsabilidade em caso de Zambelli
Partido entra com mandado de segurança contra decisão que manteve mandato da deputada
Brasília|Yumi Kuwano, do R7, em Brasília

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, quer que seja analisado se o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) cometeu crime de responsabilidade ao não cumprir a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Nesta quinta-feira (11), o PT protocolou um mandado de segurança no Supremo contra a decisão de manter a deputada no cargo.
“Se eu tivesse no lugar dele, eu não teria nem colocado no plenário”, disse o líder.
A votação para decidir sobre a cassação de Zambelli foi finalizada nesta madrugada no plenário da Câmara, pautada por Hugo Motta.
Ao todo, foram 227 fotos a favor da perda e 170, contra, mas o número precisava de mais 30 votos para atingir o mínimo necessário para a cassação.
Carla Zambelli foi condenada duas vezes pelo STF e está presa na Itália. O Supremo também determinou a perda de seu mandato na Câmara.
“Eu só quero que se cumpra a lei, a decisão judicial. É isso que o presidente da Câmara tem que fazer. Não existe, em relação à decisão judicial, como querer fazer política, como querer agradar um lado ou querer agradar o outro lado”, completou.
No mês passado, Motta rompeu com o líder do PT, e disse que só tratará de assuntos com o parlamentar institucionalmente.
“Em relação à política, eu acho que o presidente da Câmara tem errado muito. Está uma situação limite. Está perdendo as condições de ser presidente da Câmara”, declarou Linbergh.
Suspensão de Glauber
Lindbergh também comemorou a aprovação do destaque que suspendeu o mandato de Glauber Braga (Psol-RJ).
“A gente se sente hoje triste pelo que aconteceu com a Carla Zambelli, mas já era previsto que o presidente colocaria em madrugada a votação, mas a gente sente também uma satisfação grande, porque essa vitória que nós tivemos ontem não foi só uma vitória do Glauber, acabou virando uma vitória muito maior de quem defende a democracia”, afirmou.
A pauta no plenário era a cassação de seu mandato, ou seja, Glauber perderia o cargo e ficará inelegível por um prazo de oito anos, mas foi apresentado um destaque para alterar a punição.
No entanto, a maioria dos parlamentares, em um placar de 318 votos a 141, optou pela suspensão por seis meses.
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