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R7 Brasília

'Ligue 180 ajuda mulheres a se informarem sobre direitos', diz ministra das Mulheres

Cida Gonçalves participou do JR Entrevista desta quinta (20); canal de atendimento, além de receber denúncias, esclarece dúvidas

Brasília|Do R7, em Brasília

Ministra fala sobre central de atendimento à mulher
Ministra fala sobre central de atendimento à mulher

O Ligue 180, central de atendimento à mulher, agora funciona como canal de informações e orientações, além de receber denúncias. O serviço foi recentemente ampliado pelo governo federal e está disponível também via WhatsApp, no número (61) 99610-0180. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, falou sobre o Ligue 180 com exclusividade ao JR Entrevista desta quinta-feira (20).

“[O atendimento por WhatsApp] está sendo efetivo. Estamos recebendo muitas perguntas, questões e denúncias. É um novo instrumento”, comentou a ministra, ao destacar que o serviço de informações sana dúvidas básicas que o público feminino tem. Cida Gonçalves reforçou que o Ligue 180 segue a receber denúncias de violações de direitos das mulheres.

“Nem todas as mulheres têm informação. As mulheres, muitas vezes, ligam para perguntar questões básicas — se vão perder a guarda dos filhos se saírem de casa por sofrer violência, se vão perder o direito à casa. São dúvidas básicas, que fazem com que ela permaneça na situação de violência. O Ligue 180 ajuda a orientar e a resolver. Se você tem uma vizinha que sofre violência e não sabe o que fazer nem quais são os procedimentos, pode ligar no 180 e se informar. Se tem dúvidas sobre a Lei Maria da Penha, também pode ligar e perguntar”, afirmou à jornalista Renata Varandas.

A ministra comentou, ainda, as estatísticas de violência contra as mulheres no Brasil e destacou as principais ações de enfrentamento do ministério. Uma mulher é vítima de feminicídio a cada seis horas no país hoje.


“Estamos vivendo um momento de ódio no nosso país. Chamo de misoginia, o ódio contra mulheres. Houve aumento da violência sexual e de todos os tipos. Essa misoginia terminou por ser implantada no país pela própria sociedade, quando culpa a mulher pela violência e por não estar dentro dos padrões estipulados. Isso afeta a vida das mulheres e das crianças”, lamentou.

Para Cida Gonçalves, as denúncias de violações têm aumentado na mesma proporção que a violência contra as mulheres. “Temos legislações fortes e o governo está implementando políticas públicas para enfrentar a violência contra as mulheres. Acredita-se mais no serviço público, mas estamos vendo aumentar a crueldade, não só a violência. Em 2015, quando a Lei do Feminicídio foi implantada, as mulheres eram mortas com 54 facadas. Hoje, geralmente o agressor mata os filhos para ver a mulher sofrer, mata a mulher e, em seguida, se mata, com arma de fogo. Os feminicídios eram com arma branca; agora, são com armas de fogo”, afirmou a ministra. 


Casa da Mulher Brasileira

A retomada da Casa da Mulher Brasileira, espaço integrado de serviços, também foi tema do JR Entrevista com Cida Gonçalves. Em 8 de março deste ano, ela anunciou a abertura de mais 40 casas pelo Brasil.

“O projeto tem conceito de atendimento integral e humanizado. A partir de anos de avaliação dos serviços, vimos que é importante tirar a situação dolorosa da vida da mulher — ela vai à delegacia, ao Instituto Médico Legal, ao Ministério Público, à Defensoria Pública, ao juizado, ao apoio psicossocia. Perdemos a mulher nesse caminho. A casa parte dessa concepção. É um espaço em que estão todos os serviços: delegacia, juizado, defensoria, MP, serviço para autonomia econômica, apoio psicossocial, guarda municipal, patrulha Maria da Penha. A mulher entra para fazer a denúncia e já sai com a medida protetiva. Se não conseguiu tirar o agressor de casa ainda, fica no abrigo provisório até que, de fato, a situação jurídica seja resolvida”, explicou a ministra.

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