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Lira sobre voto impresso: 'Não posso admitir questionamentos'

Presidente da Câmara pediu pacificação entre Poderes, elogiou as manifestações e disse que voto impresso é questão superada

Brasília|Bruna Lima e Kelly Almeida, do R7, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

Pressionado por líderes partidários, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu fazer um pronunciamento após as manifestações de 7 de Setembro, bem como a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nos atos em São Paulo e em Brasília e a defesa do voto impresso. Governista, Lira adotou um tom pacificador, apoiou os brasileiros que foram às ruas e disse que a questão do voto impresso está superada.

Lira chegou à Casa por volta das 12h40 desta quarta-feira (8/9), mas iniciou seu discurso somente às 13h30, após dialogar com interlocutores. “Os poderes têm delimitações. O tal quadrado deve circunscrever o seu raio de atuação. Isso define respeito e harmonia”, começou para, em seguida, afirmar que “não pode admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página”.

Lira fez questão de defender uma pacificação entre os Poderes. "Conversarei com todos. É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é superdimensionada pelas redes sociais, que apesar de amplificar a democracia estimula incitações e excessos."

Governista, o presidente da Câmara não deixou de parabenizar os brasileiros que foram às ruas no 7 de Setembro. “Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular, liberdade e respeito à opinião do outro”.


Voto impresso

O discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista causou incômodo, inclusive na ala governista. O principal ponto foi a insistência em defender o voto impresso, mesmo depois de a Câmara ter arquivado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha a reforma eleitoral com o tema em questão.


Depois da rejeição do texto em comissão, Lira levou a PEC ao Plenário, como forma de botar um ponto final na questão. O acordo interno era de que Bolsonaro viraria a página sobre o voto impresso caso a proposta não passasse no Congresso. Diferentemente do combinado, o chefe do Executivo voltou a pautar o tema em discurso a apoiadores.

Lira aproveitou o pronunciamento para voltar a defender o processo eleitoral eletrônico. "Por fim, vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022. Com as urnas eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania."

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