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Luís Roberto Barroso autoriza enfermeiros a auxiliar aborto legal

Um dia antes de deixar a Corte, ministro do STF também determinou a suspensão de ações contra esses profissionais

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Luís Roberto Barroso do STF autoriza enfermeiros a auxiliar em abortos legais.
  • Decisão abrange casos de estupro, risco à saúde da gestante e fetos anencéfalo.
  • Profissionais não podem ser punidos, conforme extensão do Artigo 128 do Código Penal.
  • Barroso também vota pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.

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Ministro estendeu a aplicação do Artigo 128 do Código Penal a enfermeiros e técnicos Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta sexta-feira (17) que enfermeiros e técnicos em enfermagem podem auxiliar na realização de abortos que estão previstos em lei, como casos de estupro, risco à saúde da gestante e de fetos anencéfalos.

O ministro também garantiu que os profissionais não podem ser punidos. As decisões foram proferidas em duas ações protocoladas por entidades que apontaram precariedade da saúde pública na assistência de mulheres que buscam a realização de aborto legal em hospitais públicos.


Com a decisão, Barroso entendeu que enfermeiros e técnicos em enfermagem podem atuar na interrupção da gestação. Para o ministro, a atuação deve ser compatível com o nível de formação profissional em relação a casos de aborto medicamentoso na fase inicial da gestação.

Para garantir que os profissionais não sejam punidos, o ministro estendeu a aplicação do Artigo 128, do Código Penal, aos enfermeiros e técnicos. O texto diz que os médicos não podem ser punidos no caso de aborto para salvar a vida da gestante e de estupro.


“No presente caso, não era possível ao legislador da década de 1940 antever que a tecnologia evoluiria a ponto de a interrupção da gravidez poder ser realizada de maneira segura por profissionais que não são médicos. Não se pode permitir, todavia, que o anacronismo da legislação penal impeça o resguardo de direitos fundamentais consagrados pela Constituição”, justificou Barroso.

O ministro também determinou a suspensão de processos penais e administrativos abertos contra enfermeiros e a proibição da criação de obstáculos para realização do aborto legal.


A decisão do ministro está valendo, mas precisará ser referendada pelo plenário da Corte.

Mais cedo, Barroso também votou pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.


Os votos representaram os últimos posicionamentos do ministro no Supremo. Neste sábado (18), Barroso deixará a Corte após anunciar aposentadoria antecipada do cargo.

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