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R7 Brasília

Lula afirma que ‘tem que passar uma borracha em toda a burocracia’ para ajudar o RS

Declaração foi dada pelo presidente durante visita ao bairro Passo de Estrela, na cidade de Cruzeiro do Sul (RS), nesta quinta-feira (6)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula visitou o RS nesta quinta (6)
Lula visitou o RS nesta quinta (6) Mauricio Tonetto/Secom - 2.5.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (6), que é “preciso passar uma borracha em toda a burocracia” para socorrer o Rio Grande do Sul, assolado por chuvas e enchentes. Nesta manhã, o presidente visitou o município de Cruzeiro do Sul (RS) e voltou a dizer que o governo federal está disposto a ajudar o estado.

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“Aqui tem que ser, tem que passar uma borracha em toda a burocracia. Nós temos um jeito de fazer isso, agora para fazer sempre leva um tempo. Para destruir, é rápido. Para reconstruir, é muito difícil. Então nós temos toda a disposição de trabalhar junto com o governo estadual e com os prefeitos para recuperar a casa de vocês, de dar uma chance de viver com dignidade. Nós vamos fazer isso e nós garantimos que vamos fazer”, disse Lula. Em outro momento, falou que “não dá para fazer em uma semana” e que “não vai largar em um barraco”.

Essa é a quarta vez que o presidente vai ao estado desde o início da tragédia ambiental. Na parte da tarde, Lula vai visitar o bairro de Navegantes, em Arroio do Meio.

Dados divulgados às 9h de quarta-feira (5) pela Defesa Civil apontam que 172 pessoas morreram em decorrência da tragédia ambiental e outras 41 estão desaparecidas. Além disso, 30.442 estão em abrigos, enquanto 572.781, desalojados. Ao todo, 476 municípios e 2.392.686 pessoas foram afetadas pelas chuvas e enchentes.


Eduardo Leite

No trajeto até o RS, no avião presidencial, Lula estava acompanhado do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), que esteve em Brasília nessa quarta (5) para participar de uma cerimônia alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente e se reunir com os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente.

Ainda em Brasília, Leite apresentou a Lula dois pleitos neste momento: ajuda para amenizar perdas com arrecadação estadual e a flexibilização de regras trabalhistas. O governador gaúcho foi convidado para ir a Brasília pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para participar do anúncio de ações federais ambientais.


Ele aproveitou a ocasião para tentar uma reunião com Lula e conseguiu, mas contou com a presença de outros governadores. Por causa do curto período do encontro e da falta de privacidade, não foi capaz de discutir a fundo sobre as medidas.

Então, o governador gaúcho pediu carona no avião presidencial para que, assim, pudesse discutir as ações para o Rio Grande do Sul com Lula. Segundo Leite, os municípios gaúchos podem perder até R$ 10 bilhões em arrecadação com impostos durante o ano de 2024. De acordo com ele, o recurso que será economizado com a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União deve ser aplicado em ações de reconstrução.


Leite destacou, também, que a perda de arrecadação impacta no dia a dia, como na prestação de serviços municipais e em atraso de salário de servidores. O governador defendeu a criação de um programa de redução de jornadas e de salários, como ocorreu na pandemia de Covid-19, a fim de evitar demissões.


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