Lula comenta extradição de Brennand e diz que o traria de volta 'no murro'
O empresário é investigado pelos crimes de ameaça, estupro, lesão corporal e cárcere privado e será extraditado para o Brasil
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
![Thiago Brennand, empresário preso nos Emirados Árabes Unidos](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/XCBKRKYFQ5PCDERMS6EUUI2MWQ.jpg?auth=3b9f061fed225d9d537f10fadd2bd0e494569955af64fd7b7101723c2ddeb689&width=709&height=371)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quarta-feira (19) a extradição do empresário Thiago Brennand, preso nos Emirados Árabes Unidos, sob a suspeita dos crimes de ameaça, estupro, lesão corporal e cárcere privado. "A Polícia Federal vai buscá-lo nesta semana para prendê-lo aqui no Brasil. Eu estive nos Emirados Árabes nesta semana. Se eu soubesse, teria trazido ele no murro", comentou.
A declaração ocorreu no lançamento do processo de elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA), programa que vai contar com a participação da sociedade para definir as metas e objetivos estratégicos do Orçamento federal para o período de 2024 a 2027.
Brennand foi preso em Abu Dhabi, em outubro de 2022, depois que seu nome entrou na lista de procurados pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Ele pagou fiança e permaneceu em liberdade, sendo monitorado pela Justiça local.
O empresário Thiago Brennand, de 42 anos, preso em outubro pela Interpol nos Emirados Árabes e em vias de ser extraditado para o Brasil, já foi denunciado cinco vezes pelo Ministério Público de São Paulo pela suposta prática de diferentes crimes, como ...
O empresário Thiago Brennand, de 42 anos, preso em outubro pela Interpol nos Emirados Árabes e em vias de ser extraditado para o Brasil, já foi denunciado cinco vezes pelo Ministério Público de São Paulo pela suposta prática de diferentes crimes, como agressões, estupros e até mesmo corrupção de menores. Parte das denúncias foi aceita pela Justiça, o que torna Brennand réu em parte dos processos e alvo de pedidos de prisão preventiva, já aceitos pelo Judiciário.
Em março deste ano, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu 70 armas de fogo que pertenciam a Brennand, em uma operação realizada em Atibaia, no interior do estado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o armamento era ilegal, uma vez que o Exército havia suspendido o certificado de registro do empresário como CAC (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo).
Brennand vivia em um hotel com diária de até R$ 38,5 mil, sete restaurantes, spa e acesso a um clube de golfe.