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Lula critica vaias a Castro e Lira durante lançamento do PAC: 'São nossos convidados'

O presidente reclamou de protestos contra o presidente da Câmara e o governador do Rio de Janeiro: 'Eu ficaria constrangido'

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Lira e Castro se sentaram perto de Lula no evento
Lira e Castro se sentaram perto de Lula no evento

Durante o lançamento da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou das vaias direcionadas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que estavam no evento.

“Quando fazemos um ato como esse, esse ato não é para nós, do PT, esse ato não é para nós, do governo. Esse ato é para a sociedade brasileira. E nós temos que compor [o ato] com as pessoas que fazem parte da sociedade brasileira. O governador do Rio de Janeiro não está aqui porque ele quer estar aqui. Ele está aqui porque nós o convidamos a vir”, disse Lula.

“Às vezes, eu e Dilma [Rousseff], que já fomos presidentes, ficamos muito incomodados porque as pessoas são nossos convidados. Vamos pegar como exemplo o Arthur Lira, que está aqui. Ele é nosso adversário desde que o PT foi fundado e vai continuar sendo adversário. Temos momentos de campanha, em que vamos nos xingar e falar mal um do outro, mas quando termina a eleição, que cada um assume o seu posto, ele não está aqui como o Arthur Lira, ele está aqui como a instituição”, continuou o presidente.

Lula disse que ficaria constrangido caso fosse ele o alvo das vaias. “Eu me sentiria muito deprimido se um dia eu fosse em um ato em Goiás convidado pelo [governador, Ronaldo] Caiado e o pessoal me vaiasse. Eu ficaria constrangido. Porque não é o governador, o deputado ou o vereador que está aqui. É a instituição do Estado que ele representa. Às vezes a gente fica muito incomodado, porque as pessoas são nossas convidadas”, afirmou.


Novo PAC

Lula anunciou, nesta sexta-feira (11), a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A iniciativa prevê investimentos em obras de infraestrutura nas 27 unidades da federação, que podem chegar a pelo menos R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e mais R$ 320,5 bilhões após esse ano.

O PAC marcou as duas primeiras gestões de Lula à frente da Presidência da República. A versão lançada pelo chefe do Executivo nesta sexta vai disponibilizar recursos para ao menos 2 milhões de empreendimentos ao redor do país.

De acordo com o governo federal, os investimentos previstos no novo PAC contam com recursos do Orçamento Geral da União (R$ 371 bilhões), do orçamento de empresas estatais (R$ 343 bilhões), de financiamentos (R$ 362 bilhões) e do setor privado (R$ 612 bilhões).

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