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R7 Brasília

Lula defende que países ricos antecipem em dez anos as metas climáticas

Presidente da República voltou a cobrar mais empenho das nações e no investimento em ações de combate às mudanças climáticas

Brasília|Plínio Aguiar e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Lula cobra empenho de países ricos nas metas climáticas Tânia Rêgo/Agência Brasil - 18.11.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta terça-feira (19), que os países desenvolvidos antecipem as metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou 2045. A declaração foi dada durante abertura da terceira sessão da cúpula de líderes do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo, sobre desenvolvimento sustentável e transição energética. O evento é realizado no Rio de Janeiro (RJ).

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“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática. Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais. Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045. Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais. Aos países em desenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs [contribuição nacionalmente determinada, na sigla em inglês] cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa”, disse Lula.

Recentemente, durante a COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), em Baku, no Azerbaijão, o Brasil apresentou a nova meta climática. O texto prevê o compromisso brasileiro em reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa de 59% a 67% em 2035. “Isso equivale, em termos absolutos, a uma redução de emissões para alcançar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente em 2035″, destacou o governo federal na ocasião.

Na agenda do G20, Lula lamentou os resultados do Acordo de Paris, documento ambiental firmado em 2015. O texto “está chegando a Belém [na COP30, no ano que vem] com 10 anos e seus resultados ainda estão muito aquém do necessário. Não há mais tempo a perder. O G20 é responsável por 80% das emissões de gases do efeito estufa... Queremos que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais”.


O presidente brasileiro pediu seriedade das nações e dos organismos internacionais para impedir que a temperatura do planeta aumente acima de 1,5 grau Celsius, como prevê o Acordo de Paris. “A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático”, acrescentou.

Agenda

Lula vai participar, às 12h30, da sessão de encerramento da cúpula de líderes e da transmissão da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul. Na sequência, o petista vai oferecer um almoço ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

A agenda do presidente prevê reuniões blaterais com o primeiro-ministro do Japão (Shigeru Ishiba) e do Reino Unido (Keir Starmer). Por volta de 17h30, Lula vai anunciar os resultados da rodada de investimento com o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom. Depois, volta para Brasília (DF), com previsão de chegada por volta das 20h.

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