Lula diz que Brasil não ‘abaixou a cabeça’ para tarifaço de Trump: ‘A gente tem caráter’
Presidentes podem se encontrar no próximo domingo, na Ásia; relação entre Brasil e EUA foi distensionada nas últimas semanas
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar nesta segunda-feira (20) o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros comprados pelos EUA.
O petista afirmou que a medida foi “ofensiva” ao Brasil. As falas ocorrem em meio à aproximação entre Lula e Trump, que podem se encontrar no próximo domingo (26), na Ásia (leia mais abaixo).
“Todo mundo sabe que, quando o presidente Trump sobretaxou o Brasil e ofendeu o Brasil, a gente não abaixou a cabeça. Porque, embora a gente não seja tão grande como eles, a gente tem caráter, que, muitas vezes, eles não sabem que a gente tem. A gente tem dignidade, que, muitas vezes, eles não sabem que a gente tem”, destacou Lula, em evento no Palácio do Planalto.
O petista não marcou compromissos para o próximo domingo (26), quando estará na Ásia, à espera de uma eventual reunião com Trump.
Os dois líderes estarão na Malásia para a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), em Kuala Lumpur.
Apesar de garantir a agenda “livre” para um possível encontro, o movimento da diplomacia brasileira não significa a confirmação de uma conversa “cara a cara” entre Lula e Trump. No entanto, segundo fontes do Palácio do Planalto, é “muito provável” que a reunião ocorra.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o encontro ainda é acertado entre as equipes presidenciais.
Desde a aproximação entre o republicano e o petista, após o breve encontro na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, nos EUA, a Malásia era tida como o local mais plausível para uma reunião presencial entre os dois.
Isso porque a presença de Lula e Trump nos eventos era dada como certa mesmo antes do estreitamento da relação. O esbarrão na ONU levou a uma ligação telefônica entre os presidentes, em 6 de outubro.
Não há expectativa do governo brasileiro de que o “cara a cara” leve ao avanço das negociações do tarifaço imposto por Trump.
O diálogo em torno da taxa extra ocorre entre as equipes técnicas e as diplomacias dos dois países. Por isso, a tendência do encontro entre Lula e Trump é apenas “selar” a paz entre os dois.
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