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R7 Brasília

Tem que respeitar a democracia, diz Lula sobre ameaça de ‘banho de sangue’ feita por Maduro

Presidente afirmou estar assustado com declaração de ditador de ‘banho de sangue’ caso não seja reeleito

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Maduro tem que respeitar democracia, diz Lula Ricardo Stuckert/PR - 29.05.2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta segunda-feira (22), que ficou “assustado” com a declaração de Nicolás Maduro, ditador que busca reeleição na Venezuela, de que o país pode vivenciar uma guerra caso não seja reeleito. De acordo com o petista, o venezuelano “tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.

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“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, afirmou Lula em entrevista para agências internacionais de notícias.

Recentemente, o ditador Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela pode enfrentar uma guerra civil caso ele não vença as eleições, marcadas para 28 de julho. O presidente, que está no poder desde 2013, busca o terceiro mandato de seis anos. As últimas duas eleições venezuelanas não foram consideradas transparentes na avaliação de órgãos internacionais.

“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance de a Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo [...] Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático”, disse Lula.


Na entrevista, o presidente relatou que vai enviar o assessor de política externa Celso Amorim para acompanhar a eleição venezuelana, a exemplo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que enviará técnicos. Lula revelou ainda que vai articular ainda para que o Legislativo, representado pelo Senado e pela Câmara, mande observadores ao país vizinho.


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