Lula diz que obras da COP30 vão ficar como legado para a população de Belém
Presidente visitou complexo cultural Porto Futuro II e inaugurou Museu das Amazônias
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (3) que as obras realizadas em Belém (PA) são para a população. A cidade sediará a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) no próximo mês.
“Não tem obra só para a COP. A COP é um evento que vai durar 20 dias, no máximo. Depois, essas obras todas vão ficar para o povo do estado do Pará e para o povo da cidade de Belém”, declarou o presidente durante visita às obras.
“Quando esses canais estiverem bem tratados e bonitos, as ruas estiverem bem tratadas, aqui também vai vir turista. Se a gente melhorar a qualidade de vida do povo de Belém, isso significa aumentar a possibilidade de vir mais turista para o estado e cidade. Quando a COP sair, cada centavo que colocamos aqui é do povo de Belém, aí ninguém tira mais”, reforçou.
As declarações foram dadas na capital paraense, onde Lula visitou, pela manhã, as obras de macrodrenagem e urbanização do Canal da União, que fazem parte do conjunto de obras já entregues dos canais Vileta, Leal Martins e Timbó. O objetivo é reduzir os problemas de alagamento na capital paraense.
O Canal da União é parte integrante do projeto de macrodrenagem da Bacia do Tucunduba, que é considerado um marco para a melhoria da qualidade de vida nos bairros do Guamá, Terra Firme, Canudos e Marco.
Ele abrange: 350 metros de retificação de canal; 700 metros de rede de abastecimento de água; 700 metros de rede de esgoto sanitário; 450 metros de drenagem pluvial; 3 passarelas; 1 ponte; e urbanização viária e calçadas com piso tátil.
Lula também visitou as obras do Porto Futuro II, complexo cultural e de lazer em fase de conclusão, que requalifica o antigo porto industrial de Belém.
O projeto ocupa uma área de 50 mil m² e reúne cinco armazéns históricos, que foram integralmente restaurados para abrigar o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias, a Caixa Cultural e o Porto Gastronômico, consolidando um novo polo de turismo, cultura e negócios sustentáveis para Belém.
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Museu das Amazônias
O petista também inaugurou o Museu das Amazônia, um espaço dedicado a valorizar a ciência e a tecnologia da região. Com parceria técnica e apoio financeiro não reembolsável de R$ 10 milhões do BNDES, o equipamento foi projetado para ser uma referência em práticas museológicas inovadoras, inclusivas e conectadas aos territórios.
O espaço abriga as exposições “Amazônia”, do fotógrafo Sebastião Salgado, e “Ajurí”, concebida exclusivamente para o Museu das Amazônias.
O Museu conta com dois grandes espaços expositivos, de 950 m² e 500 m², além de uma loja, uma sala multiuso e uma sala educativa de 77 m². A sala multiuso dispõe de estrutura modular, recursos multimídia e capacidade para 130 pessoas sentadas.
Ainda no Porto Futuro II, o presidente Lula conferiu as obras do Porto Gastronômico, que reúne 15 empreendimentos locais e promoverá uma imersão gastronômica.
Bioeconomia
Lula também aproveitou para visitar o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o primeiro espaço do Brasil dedicado a startups, industrialização de produtos florestais e cadeias produtivas sustentáveis.
O novo parque será um centro de negócios, pesquisa e inovação voltado à industrialização de produtos da floresta e ao fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.
A estrutura abrange: laboratório-fábrica (alimentos, cosméticos, fármacos, derivados florestais); coworkings e laboratórios de desenvolvimento de produtos; showroom de Inovação (balcão único para negócios) e Centro de Gastronomia Social.
Preparativos para a COP30
Em relação à infraestrutura para a Conferência do Clima, Lula visitou, no começo da tarde, o Parque da Cidade, local que sediará os eventos da COP. Considerada a maior intervenção urbana de Belém nos últimos 100 anos, o Parque da Cidade está em uma área de 500 mil m², que já foi um aeroporto, no bairro da Sacramenta.
O Parque foi entregue para a população e aberto em julho de 2025, recebendo mais de 670 mil visitantes antes de ser fechado temporariamente para a montagem das estruturas da Conferência. O local reúne Centro de Economia Criativa, Centro Gastronômico, cinema, teatro, biblioteca, torre de contemplação, quadras poliesportivas, ciclovia e um parque aquático infantil.
Esse será o principal palco da COP30, abrigando as Zonas Azul e Verde da conferência. A Zona Azul é o palco onde ocorrem as negociações oficiais, da Cúpula de Líderes e dos pavilhões nacionais. O acesso é restrito às delegações oficiais, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada.
Já a Zona Verde traz visibilidade para soluções e parceiros que fortalecem o compromisso com uma abordagem ambiental, social e de governança (ESG) de diálogo internacional. Com acesso livre ao público, o espaço promove o engajamento democrático, a pluralidade de vozes e a transparência no debate climático.
Também há um projeto paisagístico com mais de 2.500 árvores, 190 mil plantas ornamentais e 83 mil metros quadrados de áreas gramadas. O Parque incorpora tecnologias de mitigação climática, como o uso de energia solar fotovoltaica e sistemas de captação e reaproveitamento de água da chuva.
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