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Lula diz que taxa de juros ainda está alta e critica presidente do Banco Central

'Se ele conversa com alguém, não é comigo', disse o presidente durante agenda em Fortaleza (CE) nesta sexta-feira (1º)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

O presidente Lula em agenda em Fortaleza (CE)
O presidente Lula em agenda em Fortaleza (CE)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (1º) que a taxa de juros no Brasil ainda está alta e voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Atualmente, o índice está em 13,25% ao ano. As declarações foram feitas durante agenda em Fortaleza (CE).

"E não pensem que eu acho que o juro está baixo. O juro ainda está alto. Porque 2,16% ao mês é muita coisa, é muita coisa, dá quase 30% ao ano, porque é juro sobre juro. Então eu acho que nós precisamos baixar ainda. Obviamente que nós também não queremos quebrar o banco, porque o banco tem que dar lucro", disse Lula.

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"O presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior. E o Banco Central é autônomo, não tem mais interferência da Presidência da República, que podia chamar o presidente e conversar. Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou, e quem o indicou não fez coisas boas neste país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo", completou.

No início de agosto, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu cortar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, que passou para 13,25% ao ano. É o primeiro corte da taxa Selic após três anos. A Selic estava estacionada em 13,75% desde agosto do ano passado.


Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual os seguintes membros do comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros: Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes.

Programas de microcrédito

No Ceará, o presidente participou das celebrações referentes ao aniversário de dois programas de microcrédito urbano e rural do Banco do Nordeste que visam reduzir as desigualdades sociais e a pobreza na região: Credamigo e Agroamigo.


O Credamigo, que completa 25 anos em 2023, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos empreendedores e empreendedoras, por meio de produtos e serviços de microfinanças e orientação empresarial, de forma sustentável, oportuna e de fácil acesso.

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O programa atende atualmente cerca de 2 milhões de pessoas em quase 2.000 municípios e conta com uma carteira ativa perto de R$ 5 bilhões. Entre os clientes, 18% têm renda familiar mensal de até R$ 700 e 16% têm renda familiar que varia entre R$ 700 e R$ 1.000.

Já o Agroamigo, que celebra 18 anos em 2023, tem como missão o desenvolvimento da agricultura familiar, mediante a concessão de microcrédito rural, produtivo, orientado e acompanhado, de forma sustentável, promovendo a geração de renda, inclusão produtiva, diversificação de atividades e melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares no Nordeste.

O programa atende atualmente 1,3 milhão de produtores rurais com microcrédito e conta com uma carteira ativa de R$ 6,6 bilhões. O perfil dos clientes dessa modalidade mostra que 75% estão na região do semiárido e que quase a metade (47,5%) é formada por mulheres.

Após os compromissos em Fortaleza, Lula vai a Juazeiro do Norte (CE) e, depois, a Luís Gomes (RN), para visitar as obras do túnel Major Sales. Segundo a agenda oficial, o presidente retorna para Brasília às 18h30, com previsão de chegada às 20h40.

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