Lula diz que vai voltar a trabalhar do Palácio do Planalto na próxima semana
O presidente despacha do Palácio da Alvorada desde as duas cirurgias às quais foi submetido, no fim de setembro
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta sexta-feira (20), que voltará a despachar do Palácio do Planalto na próxima semana. Lula tem trabalhado da residência oficial da Presidência, o Palácio da Alvorada, desde que foi submetido a duas cirurgias, no fim de setembro. Ele fez a primeira aparição pública desde então no evento de comemoração dos 20 anos do Bolsa Família, por vídeo.
Ao fim da fala dele, que durou cerca de 15 minutos, o presidente se levantou. "Na semana que vem já vou voltar ao Planalto, já estou levantando sozinho e ficando em pé. Estou pronto para o combate outra vez. Semana que vem nos encontraremos no Palácio do Planalto", declarou.
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Em 9 de outubro, dois dias depois dos bombardeios do grupo terrorista Hamas contra Israel, Lula fez uma videoconferência com ministros e autoridades. Foi a primeira reunião dele depois das cirurgias no quadril direito e nas pálpebras. O tema principal da reunião foi a situação dos brasileiros na zona de conflito do Oriente Médio.
No fim de setembro, Lula fez dois procedimentos em um hospital particular de Brasília. O primeiro, chamado de artroplastia, serviu para tratar a artrose no quadril direito, enquanto o segundo, uma blefaroplastia, foi feito para remover o excesso de pele nas pálpebras.
De acordo com a equipe médica, ambas as cirurgias transcorreram dentro da normalidade e, em poucas horas, o petista foi para o quarto, sem a necessidade de passar pela unidade de terapia intensiva (UTI). O presidente recebeu alta médica e, desde o dia 1º, se recupera no Palácio da Alvorada.
A intervenção era recomendada pela equipe médica, mas Lula vinha adiando a operação desde o fim do ano passado. Em diversas ocasiões, o presidente, de 77 anos, reclamou de dores.
Durante o período, o vice-presidente Geraldo Alckmin não assumiu a Presidência da República de forma interina. A possibilidade chegou a ser discutida pelo governo, mas foi descartada, porque o vice pode tomar decisões caso ocorra algum episódio que imponha ação presidencial imediata.