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Lula e Mercadante lamentam morte de físico Rogério Cerqueira Leite

O cientista teve papel fundamental na criação e gestão de centros de pesquisa e inovação, como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron

Brasília|Do R7, em Brasília, com informações do Estadão Conteúdo

Atualmente, Leite presidia o conselho de administração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, um dos complexos de pesquisa em ciência e tecnologia mais importantes do Brasil Reprodução/TV Brasil/Arquivo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), Aloísio Mercadante, lamentaram, neste domingo (1°), a morte do físico e cientista brasileiro Rogério Cezar de Cerqueira Leite, aos 93 anos. Leite morreu nesta madrugada. O velório estava sendo realizado desde às 13h no Cemitério Parque Flamboyant, em Campinas (SP), e o sepultamento está previsto para às 17h.

Nas redes sociais, Lula disse que Leite foi um dos “maiores cientistas e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa e avanços da ciência no Brasil”. Além disso, que contribuiu “ensinando, pesquisando e criando departamentos e centros de pesquisa em diversas universidades brasileiras, em especial na Unicamp”.

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“Foi fundamental para a criação do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, o CNPEM. Teve forte atuação também na formatação e defesa das políticas para ciência e na defesa da democracia, de um estado forte e a favor da justiça social em nosso país. Em 93 anos de vida deixou contribuições em tantas àreas, que seu legado continuará dando frutos e não será esquecido. Meus sentimentos aos familiares, amigos, alunos e admiradores de Rogério Cequeira Leite”, escreveu o chefe do Executivo.

Em nota, Mercadante destacou que o cientista “deixa um legado para o desenvolvimento científico nacional, especialmente na Unicamp, onde dirigiu o Instituto de Física e criou o Departamento de Física do Estado Sólido, além de ter implementado o Departamento de Música e o Instituto de Arte”.


Ele relembrou que, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), trabalhou ao lado de Leite na construção e implantação do projeto Sirius, do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas, onde está o acelerador de partículas com o maior brilho do mundo.

“Sem o professor Cerqueira Leite, a ciência brasileira ficará carente de uma uma figura fundamental, que além da contribuição intelectual, tinha profundo compromisso com a soberania nacional e com a democracia. Neste momento de dor, deixo meu abraço fraterno a todos os familiares, amigos e alunos do professor Rogério Cerqueira Leite”, finalizou Mercadante.


O MTCI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) também lamentou em nota a morte do professor: “Sua dedicação ao ensino, à pesquisa e à inovação fez dele um exemplo de comprometimento com o desenvolvimento do país. Seu falecimento representa uma grande perda para a comunidade científica nacional e internacional”, publicou.

Quem foi Rogério Cerqueira Leite

Formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o engenheiro e físico era professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp), e também lecionou na Universidade de Paris (Sorbonne).


Pesquisador de renome internacional, Leite teve papel fundamental na criação e gestão de centros de pesquisa e inovação como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e a Companhia de Desenvolvimento Tecnológico (Codetec), uma das primeiras incubadoras de empresas do país, segundo comunicado da Unicamp.

Atualmente, presidia o conselho de administração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), um dos complexos de pesquisa em ciência e tecnologia mais importantes do Brasil.

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