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Lula e Zelenski devem conversar por telefone até o fim de fevereiro

Presidentes do Brasil e da Ucrânia vão se falar pela primeira vez; Lula já chegou a dizer que ucraniano tem culpa por guerra

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento no Palácio do Planalto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento no Palácio do Planalto

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, devem se falar por telefone até o fim deste mês. A conversa entre os dois foi acertada durante uma reunião neste sábado (18) entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba.

Esta será a primeira vez em que Lula e Zelenski vão conversar desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. O brasileiro reconhece que a Rússia é a principal culpada pelo conflito, mas já chegou a dizer que o presidente ucraniano é tão culpado quanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

“Continuo achando que, quando um não quer, dois não brigam. É preciso que queiram paz. Até agora, tenho ouvido muito pouco sobre como encontrar paz para a guerra”, declarou o brasileiro em entrevista à imprensa no fim de janeiro.

No início deste ano, o Palácio do Planalto foi consultado sobre a possibilidade de o governo federal disponibilizar munições de tanques de guerra à Ucrânia, mas Lula recusou enviar o armamento por entender que, se fizesse isso, o Brasil estaria participando da guerra, mesmo que de forma indireta.

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O presidente brasileiro, contudo, tem defendido a criação de uma organização de nações para mediar o conflito e tentar dar fim à guerra. Segundo Lula, ele já apresentou a ideia ao presidente da França, Emmanuel Macron, ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.

Encontro de chanceleres

O encontro deste sábado entre Mauro Vieira e Dmitro Kuleba aconteceu em Munique, na Alemanha, na 59ª Conferência de Segurança. Segundo o Itamaraty, “os chanceleres discutiram a situação atual da guerra entre Ucrânia e Rússia, a posição brasileira sobre o conflito e a contribuição do Brasil na resolução a ser votada na Assembleia-Geral da ONU, na qual se conclama, pela primeira vez, a ‘cessação de hostilidades’”.

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Kuleba agradeceu a manifestação do governo brasileiro. “Sou grato ao Brasil por condenar a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia”, disse o chanceler ucraniano em uma rede social.

Além disso, Kuleba informou que convidou o Brasil a participar da implementação da fórmula de paz da Ucrânia, um conjunto de medidas elaborado pelo governo ucraniano para tentar dar fim à guerra com a Rússia.

Durante o encontro, Mauro Vieira também afirmou que o Brasil não vai enviar munição de tanques à Ucrânia. 

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