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Antes da COP, Lula leva líderes mundiais para reuniões ‘dentro da floresta’ em Belém; entenda

Presidente fez encontros bilaterais com chefes de outros Estados em museu de história natural, no centro da capital paraense

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, enviada especial a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Luiz Inácio Lula da Silva realiza reuniões bilaterais para a COP30 em Belém.
  • Os encontros acontecem no Museu Paraense Emílio Goeldi, um espaço que representa a Amazônia.
  • Lula busca reforçar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), visando captar US$ 10 bilhões em investimentos.
  • O presidente anunciou um investimento de US$ 1 bilhão do Brasil para o fundo durante discurso na ONU.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Uma das reuniões de Lula foi com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb Ricardo Stuckert/Presidência da República - 05.11.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza nesta quarta-feira (5) reuniões preparatórias para a cúpula de líderes da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), que ocorre entre quinta (6) e sexta (7) em Belém (PA).

Os encontros bilaterais com chefes de Estado de outros países ocorrem no Museu Paraense Emílio Goeldi, na região central da capital paraense.


O parque zoobotânico é um pedaço da Amazônia em meio à cena urbana de Belém. Os portões do espaço, ladeado por prédios e estruturas da cidade, abrigam fauna e flora típicas da região amazônica.

Em frente a uma Sumaúma, a “árvore rainha” da floresta, Lula registrou as reuniões bilaterais. O cenário oferece uma prévia da cúpula dos líderes e da COP30, que começa na próxima segunda (10).


Com essas lideranças, Lula deve reforçar o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês), iniciativa brasileira que será lançada na Conferência. O presidente busca financiamentos para o fundo (leia mais abaixo).

Agenda

Pela manhã, o petista recebeu três autoridades mundiais. A princípio, o brasileiro também se encontraria com o Presidente do Congo, Denis Sassou N’Guesso. O africano, porém, não chegou a tempo.


Confira quais encontros Lula teve de manhã:

  • Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Sidi Ould Tah
  • Reunião bilateral com o Presidente da Finlândia, Alexander Stubb
  • Reunião bilateral com o Presidente de Comores, Azali Assoumani

De tarde, Lula dá continuidade às agendas bilaterais. Veja:


  • Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro de Papua-Nova Guiné, James Marape
  • Reunião bilateral com a Presidente do Suriname, Jennifer Geerlings-Simons
  • Reunião bilateral com o Vice-Primeiro-Ministro da China, Ding Xuexiang
  • Reunião bilateral com a Presidente da República de Honduras, Xiomara Castro
  • Reunião bilateral com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

‘Pedaço’ da Floresta na cidade

O museu de história natural foi fundado em 1866. Vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, o espaço também é uma instituição de pesquisa da região amazônica.

O parque oferece atividades de estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, além da divulgação de conhecimentos e acervos do local.

Fundo ambiental

O governo brasileiro estabeleceu como meta a captação de US$ 10 bilhões em investimentos públicos dos países para o TFFF, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A expectativa é de que o objetivo seja atingido até o fim de 2026, ainda durante a presidência brasileira da COP.

Em setembro, durante discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, nos Estados Unidos, Lula anunciou que o Brasil vai investir US$ 1 bilhão. “O Brasil vai liderar pelo exemplo e se tornar o primeiro país a se comprometer com o investimento no fundo”, declarou, na ocasião.

O fundo é complementar a outras medidas já existentes de apoio e financiamento a ações de preservação, conservação e recuperação ambiental.

A iniciativa é inédita e funcionará por meio de um mecanismo de financiamento. Os investimentos serão destinados a preservar as florestas tropicais — presentes em cerca de 70 países —, cruciais para a regulação do regime de chuvas e captura de carbono na atmosfera.

A expectativa brasileira é de que 20% do capital do TFFF seja feito por governos, e 80%, por fontes privadas, o que inclui fundos de investimento e filantropia internacional.

A contribuição ao fundo não será considerada uma doação, mas, sim, um investimento, com retorno anual competitivo em relação ao mercado e devolução integral do valor após cerca de 40 anos.

O Brasil já conduz negociações com potenciais investidores estrangeiros, como Reino Unido, França, Noruega, Alemanha e Emirados Árabes Unidos. A proposta também busca articulação com países da Bacia do Congo e da Ásia, que reúnem grandes áreas de florestas tropicais.

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