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Lula minimiza ‘atrasos’ para transição do petróleo e cobra emissões de guerra na Ucrânia

Presidente disse que usar lucros de petróleo para transição é ‘caminho válido’, em estratégia que contraria ambientalistas

COP30|Lis Cappi, do R7, enviada especial a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula minimiza os "atrasos" na transição energética do petróleo e aponta a guerra Rússia-Ucrânia como causa do aumento de emissões poluentes.
  • O presidente defende o uso de lucros do petróleo para financiar a transição para energia sustentável, uma posição criticada por ambientalistas.
  • Na Cúpula do Clima em Belém, Lula afirma que países em desenvolvimento precisam de apoio financeiro e acesso a tecnologia para a transição energética.
  • A Petrobras recebeu licença para explorar petróleo na Amazônia, situação que gerou divisões políticas dentro do governo Lula.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente Lula defendeu uso do petróleo para bancar a transição energética Reprodução/TV Brasil - 07.11.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou, nesta sexta-feira (7), eventuais “atrasos” para a transição energética e atribuiu um salto de emissões de gases poluentes no mundo à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“O conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para redução de emissões de gases de efeito estufa e levou à reabertura de minas de carvão”, declarou. Um relatório recente da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que setor militar emite entre 3,3% e 7% do total das emissões de gases de efeito estufa.


A colocação foi feita a representeantes de países que participam da Cúpula do Clima em Belém, em posição que defende o uso do lucro proveniente de combustíveis fósseis para a implementação de fontes sustentáveis de energia.

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“Direcionar parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética permanece caminho válido para países em desenvolvimento”, afirmou Lula.


A posição do presidente contraria o recomendado por ambientalistas, que apostam na implementação da transição energética desde o início, devido às urgências climáticas.

Na abertura da Cúpula, o diretor-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, destacou que países falharam ao tentar segurar o aumento da temperatura global em até 1,5ºC, com referência ao período pré-industrial.


O representante da ONU também disse que falta “coragem política” de países para abrir mão dos combustíveis fósseis. No caso brasileiro, a exploração do petróleo tem liderado contradições.

Em outra frente, Lula sustentou que países do Sul Global não teriam recursos necessários para a transição, e cobrou financiamento de dívidas a países com menos recursos.


“Um processo justo, ordenado e equitativo de afastamento de combustíveis fósseis demanda acesso na tecnologia de acesso ao financiamento no Sul Global. Há espaço para explorar mecanismos inovadores e troca de dívida por financiamento de iniciativas de mitigação climática e transição energética”, disse.

Petróleo na Amazônia

O posicionamento de Lula sucede celebrações feitas pelo próprio presidente para os avanços concedidos à Petrobras para a exploração de petróleo na Amazônia.

A estatal recebeu, no último dia 20 de outubro, uma licença para pesquisar se há petróleo na região. A liberação contou com uma série de pressões políticas, que dividiu o governo Lula, com apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

O político estava atrás de Lula durante o discurso sobre transição energética feito a líderes globais, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também defende a exploração de petróleo apesar dos riscos ambientais.

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