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R7 Brasília

Lula participa da cerimônia de posse da nova presidente da Petrobras, no Rio de Janeiro

Ainda na fluminense carioca, o presidente cumpre agenda em solenidade do Dia Nacional do Cinema e anuncia investimentos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Lula e Magda Chambriard (Petrobras) Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo - 17.06.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (19) da cerimônia de posse da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Rio de Janeiro (RJ). Entre os desafios para a nova gestão, estão o plano de negócios da estatal, os preços dos combustíveis, exploração de petróleo em áreas de importância ambiental e ampliação do uso do gás.

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A posse vai ocorrer às 15h30, no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello. Magda assume a vaga antes ocupada por Jean Paul Prates, que foi demitido por Lula no mês passado. A estatal passava por uma crise política, especialmente após a polêmica envolvendo a distribuição dos lucros obtidos na ordem de R$ 43 bilhões.

Magda Chambriard é formada em engenharia civil pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestra em engenharia química pela mesma instituição. Foi empregada pública de carreira da Petrobras por 22 anos, entre 1980 e 2002. Depois, assumiu a diretoria-geral na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis entre 2012 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Na sequência, entre 2017 e 2023, atuou como consultora em energia da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Por fim, vinha atuando como assessora na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Exploração de petróleo

Magda defende, por exemplo, o avanço das atividades exploratórias na costa brasileira, incluindo a Margem Equatorial. De acordo com a nova presidente da Petrobras, a exploração é essencial para garantir a segurança energética do país e o abastecimento interno de combustíveis.


“O MMA precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética. Tem muito investimento sendo feito na direção do net zero: projetos grandiosos de captura de CO2, produção de energia renovável e derivados e petróleo verdes, esforços na direção do hidrogênio. Vamos investir nessa diversidade de geração de energia”, afirmou.

A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. No Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu investimentos de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.


A exploração de petróleo na foz do Amazonas, no entanto, desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Em maio de 2023, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), autarquia vinculada ao MMA, negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59.

No entanto, a nova presidente da estatal tem o apoio de Lula. “Esse país tem governo, e o governo reúne e decide. As pessoas podem ter posições técnicas, vamos debater tecnicamente. O que não dá é para gente dizer, a priori, que vai abrir mão de explorar uma riqueza que, se forem verdade as previsões, é uma riqueza é muito grande do Brasil. É contraditório? É, porque estamos apostando muito na transição energética. Mas enquanto a transição energética não resolve nosso problema, o Brasil tem que ganhar dinheiro com petróleo”, afirmou o presidente na terça-feira (17).


Dia Nacional do Cinema

À noite, Lula participa da cerimônia de comemoração ao Dia Nacional do Cinema. A solenidade vai ocorrer a partir das 19h, na Barra da Tijuca. A escolha da data remonta os registros das primeiras imagens cinematográficas do país, realizadas pelo cineasta Affonso Segreto, em 19 de junho de 1898.

De acordo com o Palácio do Planalto, o ato celebra a consolidação de políticas culturais de incentivo, fomento e valorização dos filmes produzidos no Brasil. Por isso, o governo deve anunciar investimentos para o setor. “É também uma oportunidade de reconhecer o talento dos profissionais da indústria, além de evidenciar o cinema como importante expressão artístico-cultural.”

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