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R7 Brasília

Lula participa de cerimônia da FAB em homenagem aos 150 anos do nascimento de Santos Dumont

Durante evento em Brasília, será contada em encenação teatral parte da história do brasileiro considerado 'o pai da aviação'

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


O presidente Lula comparecerá a evento militar
O presidente Lula comparecerá a evento militar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da cerimônia da Força Aérea Brasileira (FAB) em homenagem aos 150 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, patrono da Aeronáutica e considerado "o pai da aviação". O evento vai ser realizado nesta quinta-feira (20) em Brasília. Durante a cerimônia, será contada em encenação teatral parte da história do brasileiro. A programação inclui ainda um desfile de tropa, sobrevoo de aeronaves militares, com participação da Esquadrilha da Fumaça, e entrega da medalha Mérito Santos Dumont, que reconhece civis e militares com contribuições relevantes à Aeronáutica.

Dumont nasceu em 20 de julho de 1873, na Fazenda Cabangu, em Palmira (MG), batizada posteriormente com o nome do inventor do avião. Naquela época, familiarizou-se com as máquinas de preparo dos grãos de café e com as locomotivas, que facilitavam o transporte da produção, uma inovação que foi introduzida pelo seu pai, Henrique.

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O pai do avião cresceu em um ambiente de boa condição financeira, tendo oportunidades e experiências para uma ampla visão global, bem como domínio fluente de espanhol, inglês e francês, consequência das viagens que realizava com a família pela Europa e América Latina, como mostrou o blog de Luiz Fara Monteiro, repórter da Record TV.

Santos Dumont morou em Paris entre 1898 e 1910, época que o continente europeu vivia uma ebulição nas áreas científica e cultural. Lá, teve a oportunidade de construir as próprias aeronaves e impressionou a França ao desenvolver e pilotar vários balões dirigíveis. Em 1906, criou o 14-Bis — viabilizando então o primeiro voo de um objeto mais pesado que o ar — e seguiu com contribuições importantes para a aviação.


Le petit Santos e 14 Bis

A fama de Dumont fez dele uma espécie de celebridade, e os parisienses da época o chamavam de "le petit Santos" ("pequeno Santos"). Quando construiu o dirigível nº 9, o Balladeuse, ele o deixava exposto em frente ao seu apartamento, na esquina da rua Washington com a tradicional avenida Champs Elysées, e todos passavam para aplaudir.

O pai da aviação, Santos Dumont
O pai da aviação, Santos Dumont

Ainda segundo o blog de Luiz Fara Monteiro, Dumont fazia questão de experimentar seus inventos, pois temia arriscar a vida de outras pessoas. Um dos acidentes mais graves e conhecidos aconteceu em 1901, com o dirigível nº 5, quando o Hotel Trocadero amorteceu a queda, ficando Dumont pendurado na cesta do dirigível. Com a ajuda de bombeiros, ele escapou sem ferimentos.


Depois de 22 dias, no entanto, construiu um novo dirigível, o nº 6, e, depois de realizar testes e sofrer novos acidentes, conseguiu, em 19 de outubro de 1901, fazer o voo em torno da Torre Eiffel. Assim, recebeu o Prêmio Deutsch. Com esse feito, Santos Dumont provou que o homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares, tornando-se o primeiro aviador brasileiro a conseguir confirmar a dirigibilidade dos balões.

O 14 BIS, com capacidade para um tripulante, o mais célebre avião de Dumont, efetuou dois voos. No primeiro, em 23 de outubro de 1906, voou no Campo de Bagatelle, em Paris, por pouco mais de 60 metros de distância, a 3 metros de altura. Com isso, Santos Dumont ganhou a "Coupe d’Archdeacon", no primeiro voo controlado oficialmente com um aparelho mais pesado do que o ar.

No segundo voo, em 12 de novembro de 1906, também em Bagatelle, o brasileiro conseguiu voar 220 metros. Seu trabalho no campo da aeronáutica é expressivo, sendo o inventor do primeiro motor a explosão útil na aerostação e do motor de cilindros opostos, além de ter incentivado a criação de outros objetos, como o relógio de pulso, já que precisava medir os intervalos de tempo de voo. Em 1910, Dumont encerrou sua carreira e passou a supervisionar as indústrias aeronáuticas que surgiram na Europa; entretanto, por motivos de saúde, voltou ao Brasil. Ele faleceu aos 59 anos, no Guarujá (SP), no dia 23 de julho de 1932.

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