Lula deve se encontrar com familiares de brasileiro mantido refém pelo Hamas
Informação foi repassada pelo senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado
Brasília|Plínio Aguiar e Laísa Lopes, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve receber a irmã e a filha de Michel Nissenbaum, brasileiro-israelense que é mantido refém pelo grupo terrorista Hamas. A informação foi dada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, na tribuna da Casa nesta segunda-feira (11), durante uma sessão solene sobre o conflito entre Israel e Hamas.
De acordo com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), o encontro ocorrerá na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto. O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, confirmou a reunião. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República ainda não informou detalhes da agenda, mas foi marcada para o início da tarde um encontro com Jaques Wagner.
“Eu acabo de vir da sala do senhor presidente da República, que está se dispondo a receber a irmã e a filha do sequestrado e refém em Israel, tanto para dizer uma palavra de conforto, se é que é possível, como para garantir que a diplomacia e o próprio presidente estão empenhados em achar um caminho para conseguir a liberação de todos os reféns”, afirmou Wagner.
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Nissenbaum, de 59 anos, mora em Israel. A mulher e as filhas tentam entender o que ocorreu no dia em que os terroristas do Hamas invadiram o território israelense, massacraram 1.200 pessoas e sequestraram 240, entre elas o brasileiro. O Itamaraty confirmou o desaparecimento dele.
Como mostrou o R7, Nissenbaum nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, e se mudou para Israel ainda na adolescência. Ele é pai de duas filhas e avô de cinco crianças e aguarda o nascimento do sexto neto. Ele trabalha no setor de tecnologia, mas também é motorista de ambulância voluntário na organização United Hatzalah.
Familiares e amigos descrevem Nissenbaum como uma pessoa divertida e bem-humorada e que adora viajar. Recentemente, concluiu um curso de guia de turismo e estava empolgado com a perspectiva de realizar seu sonho de trabalhar na área. Ele fala três línguas e já acompanhava grupos de turistas em alguns passeios por Israel.
“Não é possível que atos envolvam inocentes e tirem a vida de inocentes. Todo ato terrorista é covarde e, portanto, deve ser condenado por todos aqueles que são amantes da paz e defensores dos direitos humanos. As pessoas inocentes não podem pagar com suas vidas por qualquer político, política, seja condenável ou não, mas na política se disputa na política, e não matando inocentes”, completou Wagner.