Lula quer retomar voos diretos de Brasil para Nigéria e reconstruir comércio entre os países
Presidente do Brasil disse que ‘não tem explicação’ comércio anual entre países, que já chegou a US$ 10 bi, estar em só US$ 1,73 bi
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (18) com o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, e disse que pretende retomar os voos diretos de São Paulo (SP) para Lagos, maior cidade do país, localizada no sudeste da Nigéria. A Lula, Tinubu disse que os dois países estão prontos para retomar os voos diretos.
A expectativa é que, com a medida também sejam reconstruídos os acordos comerciais entre as nações, que, em 2023, alcançou a faixa de US$ 1,73 bilhão (sendo US$ 757 milhões em produtos importados pelo Brasil e US$ 976 milhões em produtos brasileiros exportados).
O quantitativo, no entanto, já foi maior e, para Lula, “não tem explicação” o fato de Brasil e Nigéria, que já registraram um fluxo comercial de US$ 10 bilhões, atualmente só alcançarem US$ 1,73 bilhão. A reunião entre os presidentes aconteceu neste domingo (18) em Adis Abeba, na Etiópia, e foi o segundo encontro bilateral da comitiva brasileira na manhã deste domingo.
“Vamos ter que discutir internamente no Brasil e na África a nossa geopolítica, para a gente não ficar dependendo de alguém para ir a Nigéria”, mencionou Lula. Atualmente, os voos para o país africano precisam ir para a Europa e apenas depois chegam à Nigéria. “[Isso] não tem nenhum sentido”, disse Lula em entrevista coletiva a jornalistas.
Ainda durante encontro, o presidente nigeriano elogiou o discurso de Lula na abertura da 37ª Cúpula da União Africana, bem como a sua trajetória. E disse querer “energizar” o relacionamento entre os dois países, a partir do interesse renovado em construir parcerias com o Brasil e avançar na área da agricultura.
Lula foi convidado a visitar a Nigéria e também convidou o presidente nigeriano a ir ao Brasil. O país africano participará do G20 a convite do governo brasileiro, que preside o bloco até o fim de novembro.