Lula recebe embaixadores no Itamaraty e critica intervenções internacionais na América Latina
Em evento de entrega de cartas credenciais, o presidente recebeu os novos emissários no Brasil
Brasília|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília
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Em uma cerimônia com novos embaixadores que assumirão postos no Brasil, na manhã desta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, sem citar os Estados Unidos, intervenções estrangeiras no Caribe e na América Latina.
“Na América Latina e Caribe também vivemos um momento de crescente polarização e instabilidade. Manter a região como zona de paz é nossa prioridade. Somos um continente livre de armas de destruição em massa, sem conflitos étnicos ou religiosos. Intervenções estrangeiras podem causar danos maiores do que se pretende evitar”, afirmou.
Em setembro, o Brasil junto a outros países da América Latina manifestaram “profunda preocupação” pela movimentação militar “extra-regional” na região do Caribe, em referência ao envio de navios, e submarinos pelos Estados Unidos à costa da Venezuela.
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A formalidade, que ocorreu no Palácio do Itamaraty, é feita para a entrega de cartas credenciais, que oficializam a chegada dos emissários de outros países ao Brasil, onde passarão a se estabelecer em suas determinadas embaixadas.
Durante o evento, o presidente também falou da cooperação internacional na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). “A COP 30, em Belém, será a COP da verdade. Será o momento dos líderes mundiais provarem seu compromisso com o planeta”, afirmou o presidente durante seu discurso.
Lula ressaltou, ainda, que, na reunião da Cúpula do Mercosul, em dezembro, pretende assinar o Acordo Mercosul-União Europeia. “As relações com a Europa seguem estratégicas. O acordo é um símbolo contra o recrudescimento do protecionismo. Estamos criando uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, reunindo mais de 700 milhões de pessoas e um PIB de mais de 22 trilhões de dólares”, destacou o chefe de Estado.
A cerimônia não contou com embaixadores dos Estados Unidos e de Israel. O presidente norte-americano, Donald Trump, ainda não designou um nome para o cargo. Já Israel segue sem representante no país desde maio de 2024. O país retirou sua indicação de Dali Dagan para o posto.
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